
A Câmara dos Deputados iniciou a instalação, na quinta-feira (27/4), da Comissão Parlamentar de Inquérito que investigará invasões em propriedades rurais em nove estados do país, que tiveram ocorrências neste ano. O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) acusa a CPI de atacar o movimento e o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O MST já foi investigado em quatro CPIs no Congresso Nacional. A primeira teve duração de 2003 a 2005 e foi composta por deputados e senadores. Ninguém foi preso ou punido por invasões na época.
A coordenadora do MST, Ceres Hadich, declarou que o inquérito não deve interromper as articulações do movimento, com novas invasões em vários estados programadas para o primeiro semestre.
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A nova CPI vai focar em invasões ocorridas, por exemplo, em Mato Grosso do Sul, Bahia e Espírito Santo. Em 2023, o movimento já invadiu ao menos 40 propriedades rurais - quase o dobro do registrado entre 2019 e 2022.
O deputado federal Coronel Zucco (Republicanos-RS) - autor do pedido de instalação da CPI - suspeita que exista uma “influência por parte do governo federal na atuação do grupo” e esse seria um dos motivos do aumento das invasões.
Os deputados federais integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária, Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), Kim Kataguiri (União Brasil-SP) e Ricardo Salles (PL-SP) unificaram os requerimentos de abertura da CPI para investigar as invasões de terras produtivas praticadas pelo MST no país. O pedido teve adesão de 172 parlamentares.
Com informações de: Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
* Com supervisão de Valdecir Cremon, jornalista.