Votação do marco temporal será retomada hoje

Com placar de 5 votos a 2, a sessão será retomada às 14h 

21/09/2023 às 09:16 atualizado por Elaine Silva e Nanda Martins - SBA | Siga-nos no Google News
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Hoje (21), o STF (Supremo Tribunal Federal) retoma a votação acerca do marco temporal para a demarcação de terras indígenas. Com placar de 5 votos a 2, existe a possibilidade do resultado ser definido na 11ª sessão, realizada hoje às 14h (horário de Brasília). Faltam os votos dos ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e da presidente Rosa Weber.

No julgamento, os ministros discutem o chamado marco temporal. Pela tese, defendida por proprietários de terras, os indígenas somente teriam direito às áreas que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época. Os indígenas são contra o entendimento.

Até o momento, os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Cristiano Zanin e Dias Toffoli se manifestaram contra o marco temporal e entendem que a limitação é inconstitucional. Nunes Marques e André Mendonça se manifestaram a favor.

Entre os votos proferidos, está a possibilidade de indenização de particulares que adquiriram terras de “boa-fé”. Pelo entendimento, a indenização por benfeitorias e pela terra nua valeria para proprietários que receberam do governo títulos de terras que deveriam ser consideradas como áreas indígenas.

Em outro ponto, o ministro Dias Toffoli abriu a possibilidade de exploração mineral e de lavouras dentro das terras indígenas, mediante aprovação de uma lei pelo Congresso e a autorização dos indígenas.

Os dois pontos são questionados pelas entidades que atuam em defesa dos indígenas. Para a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a possibilidade de indenização pode inviabilizar as demarcações. A entidade também argumenta que a exploração econômica flexibiliza o usufruto exclusivo das terras pelos indígenas.

Com informações do STF 
 


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