Foto: Dhárcules Pinheiro/Secom-Sejusp
No início desta semana, as prefeituras de Porto Acre e Capixaba, municípios localizados no Acre, publicaram decretos no Diário Oficial do Estado com a declaração de situação de emergência devido às fortes chuvas que atingem a região. O governo estadual montou uma força-tarefa para atender a população atingida pela cheia dos rios.
A enchente do Rio Acre afetou milhares de moradores da região do Alto Acre. Desde o dia 28 de março, o governo federal reconheceu a situação de emergência também nas cidades de Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri e na capital, Rio Branco. Nos últimos dias, a situação ficou ainda mais grave, principalmente em áreas de infraestrutura vulnerável.
O decreto do município de Capixaba, publicado na terça-feira (4), tem validade de 120 dias. Segundo o texto, as chuvas provocaram a elevação dos níveis de rios, afluentes e subafluentes, assim como o represamento de vários igarapés e córregos. A defesa civil informou que diversas comunidades rurais foram atingidas pelas enxurradas nos últimos dias.
Foto: Reprodução/Agência Brasil
"Até o dia 31 de março de 2023, 455 pessoas foram atingidas em decorrência do mencionado evento natural, sendo que 160 pessoas estão desalojadas e até o presente 111 imóveis residências foram afetados", descreve o decreto. A produção agrícola das famílias atingidas com os alagamentos foi totalmente comprometida, o que preocupa as autoridades locais por ser a única fonte de renda e meio de sobrevivência da população residente nas comunidades rurais situadas às margens do manancial.
Porto Acre
Já o decreto de Porto Acre, republicado na segunda-feira (3), é válido por 60 dias. O desastre foi classificado pelas autoridades como inundação e obstruiu estradas vicinais da cidade.
Ao declarar emergência, a prefeitura da cidade considerou a situação de várias famílias que ficaram desabrigadas ou desalojadas por causa da cheia dos rios Acre e Andirá. Segundo o documento, as comunidades do PA Tocantins e PA Bandeirantes ficaram sem acesso terrestre e com suas culturas de subsistência debaixo d’água.
Os agentes de defesa civil do município foram autorizados a tomar ações de resposta aos desastres, em caso de risco iminente, como adentrar nos imóveis, para prestar socorro. Foi também levantada a possibilidade de desapropriação de propriedades particulares localizadas em áreas de risco de desastre.
Com informações da Agência Brasil