Ouro fecha em alta com dólar fraco e expectativa de cortes de juros pelo Fed

O contrato de ouro com vencimento em agosto avançou 1,27% na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), encerrando o dia em US$ 3.349,80 por onça-troy

01/07/2025 às 15:12 atualizado por Thais Porsch* - Estadão | Siga-nos no Google News
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O contrato mais líquido do ouro fechou novamente em alta nesta terça-feira, 1º, com um dólar americano mais fraco e uma demanda sustentada por moedas porto-seguros. Investidores também acompanham o desenrolar das negociações tarifárias, a aprovação pelo Senado americano do projeto de lei orçamentário dos republicanos e as expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed).

 

O contrato de ouro com vencimento em agosto avançou 1,27% na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), encerrando o dia em US$ 3.349,80 por onça-troy.

 

O metal precioso está encontrando apoio, já que as crescentes preocupações do mercado levam o dólar a cair, dizem os analistas da Exness. No radar, o projeto de lei do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre impostos e gastos deve aumentar o déficit fiscal do país em US$ 3,3 trilhões na próxima década, segundo analistas.

 

Trump expressou hoje confiança de que a Câmara dos Representantes aprovará o projeto após a pauta passar no Senado nesta tarde. "Será até mais fácil", afirmou.

 

As expectativas do mercado em relação à flexibilização da política monetária do Fed também apoiaram o metal dourado, acrescenta a Exness, já que as taxas de juros mais baixas normalmente aumentam a atratividade do ouro, que não rende juros.

 

O presidente do BC americano, Jerome Powell, disse que a maioria do Comitê sente que é possível reduzir juros "em algum momento" neste ano, ao participar do Fórum de Sintra, promovido pelo Banco Central Europeu (BCE), nesta terça-feira.

 

Por volta das 14h (de Brasília), o mercado ampliava marginalmente a expectativa por um corte pelo Fed em julho, ainda que a hipótese de manutenção siga prevalecendo por uma diferença ampla, de acordo com a ferramenta de monitoramento do CME Group. Setembro segue como aposta majoritária para o primeiro mês de flexibilização em 2025.

 

*Com informações da Dow Jones Newswires


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