FPA solicita permanência do Carbendazim no mercado

Defensivo agrícola está suspenso no Brasil desde junho

14/08/2022 às 11:00 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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Na última terça-feira (9), a FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) apresentou um PDL (Projeto de Decreto Legislativo) para que o Carbendazim permaneça no mercado até que outra molécula seja aprovada para substituição. Em junho deste ano, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou a suspensão cautelar da importação, produção, distribuição e comercialização do produto. Os aspectos toxicológicos que motivaram a reavaliação foram as suspeitas de mutagenicidade, carcinogenicidade, toxicidade para o desenvolvimento e toxicidade reprodutiva.

Em nota, a FPA afirmou que “o perigo existente na utilização do Carbendazim, assim como em qualquer outro pesticida ou medicamento, seja para plantas ou destinado aos seres humanos, está na dosagem e na forma de manuseio. A utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI) para aplicação e a receita agronômica com a quantidade necessária do produto garantem a saúde da planta, do alimento e do produtor rural”.

Os parlamentares defendem que a restrição do Carbendazim pode impactar negativamente o ambiente produtivo, econômico e social do Brasil, com relação aos cultivos de soja, milho, algodão e feijão, uma vez que o país não possui registro de produto similar, com o mesmo custo benefício. A suspensão prejudica produtores rurais, especialmente porque a substância continua a ser utilizada na Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai, Paraguai, Equador, Costa Rica, Honduras, além da China e Austrália.

A FPA ressalta em seu comunicado que a não utilização do Carbendazim influencia, de forma providencial, no valor da cesta básica e representa 11,15% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Isso ocorre porque com o preço da soja e do milho em alta, produtos de origem animal que fazem parte do cardápio dos brasileiros (aves, ovos, carnes, embutidos e leite), além do óleo de soja e da margarina, por exemplo, ficam mais caros.

Com informações da FPA

Foto de capa: Agência Brasil


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