Começa a partir desta segunda-feira (15/6), o vazio sanitário da soja em cinco estados do país. Por no mínimo 60 dias, fica proibido o cultivo da cultura no campo em Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Santa Catarina a partir de hoje. Segundo definição da Empresa Brasileira de Pesquisa em Agropecuária (Embrapa), unidade Soja, o período visa reduzir a sobrevivência do fungo causador da ferrugem asiática durante a entressafra e, com isso, mitigar a presença da doença na safra.
“O fungo que causa a ferrugem asiática é biotrófico, o que significa que precisa de hospedeiro vivo para se desenvolver e multiplicar. Ao eliminarmos as plantas de soja na entressafra ‘quebramos’ o ciclo do fungo, reduzindo, assim, a quantidade de esporos presentes no ambiente”, explica.
Segundo o presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi, o cumprimento do vazio é indispensável para o controle de pragas e doenças nas lavouras de soja. “Vazio sanitário é nossa principal ferramenta para combater determinados inimigos das lavouras, como a clássica ferrugem asiática. Além das penalidades previstas em lei, o não cumprimento nos leva a consequências negativas, a ponto de impactar o mercado internacional e na demanda pela produção”, ele afirma.
Custos para a produção
De acordo com pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), na safra 2016/17, o custo dos produtores de soja com fungicidas foi de R$ 8,3 bilhões (96% para controle da ferrugem), de R$ 6,2 bilhões em inseticidas e de R$ 4,8 bilhões em herbicidas, com total de R$ 19,3 bilhões.
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