Provas de avaliação de desempenho podem acelerar o melhoramento dos rebanhos

Provas devem ser consideradas como uma etapa no programa de melhoramento genético

14/04/2020 às 08:25 atualizado por Kaile Rodrigues - SBA | Siga-nos no Google News
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Coleta de medidas e avaliações difíceis de serem feitas sem orientação técnica ou instalações específicas nas fazendas, essa é uma das vantagens das Provas de Avaliação de Desempenho realizadas nos centros de avaliação, que podem levar a um significativo melhoramento genético dos rebanhos. O médico veterinário e coordenador de ações do Programa Embrapa Geneplus, Maury Dorta, explica que há diversos tipos de provas que podem ser feitas em várias condições e ambientes. “O importante é que a prova seja pensada, elaborada desde o início para que os dados coletados sejam aproveitados em qualidade e quantidade, dentro do programa de melhoramento genético do rebanho”. 

Ainda segundo o coordenador do Embrapa Geneplus, quando a prova é realizada em centros de performance, é possível mensurar e avaliar dados que normalmente o criador não tem como coletar nas fazendas, como a medição do consumo de cada animal. “Temos realizado Provas com este objetivo desde 2016 na Embrapa Gado de Corte com um sistema totalmente automatizado, centenas de animais já participaram. Ao final das provas, os criadores tem dados concretos sobre o consumo de matéria seca, eficiência alimentar e consumo alimentar residual (CAR), ou seja, o quanto determinado touro está ingerindo a mais ou a menos do que era previsto, em função do seu peso e do ganho diário que ele está expressando”, explica Dorta.

Maury ressalta que são diversos os tipos de provas que podem ser feitas, em diversas condições e ambientes - inclusive dentro das fazendas. A principal diferença entre elas é se são provas intra-rebanho, feitas entre os animais de um determinado criador, ou se reúnem animais de vários criadores, seja na fazenda de um deles ou em um centro de performance. “Para o processo de seleção, o que realmente vale no final é a avaliação genética, são as DEPs geradas. No caso das provas, o resultado deve servir como um norte, para o criador poder separar seus animais em cabeceira, meio e fundo, e depois, ao receber os resultados da avaliação genética, o criador terá melhores condições de tomar a decisão final em função do que ele vai vender, do que vai comercializar como sêmen ou vai usar próprio rebanho”, esclarece o coordenador.

Maury Dorta finaliza informando que o Programa Embrapa Geneplus também presta assessoria para os criadores nesse sentido, orientando a condução e execução das provas de forma que os dados façam sentido dentro de um aspecto mais amplo, pensando no melhoramento genético como um todo.

 

Assessoria de imprensa Programa Geneplus Flávia Freire 


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