Alta nos fertilizantes pressiona custo da produção

“A relação de troca impõe ao produtor um desafio de decisão"

04/07/2025 às 14:23 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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A forte elevação nos preços dos fertilizantes voltou a preocupar o agronegócio brasileiro. Após meses de estabilidade, insumos como Cloreto de potássio, map e uréia subiram de forma significativa, pressionando a relação de troca a níveis semelhantes aos de 2022, durante a crise logística global.

Esse cenário ocorre justamente no momento de planejamento da próxima safra, colocando o produtor diante de margens mais apertadas e decisões mais difíceis sobre o uso de tecnologias no campo. A valorização dos fertilizantes não é acompanhada pelo preço da soja, o que compromete a rentabilidade.

“A relação de troca impõe ao produtor um desafio de decisão. Com margens mais apertadas, a escolha das soluções tecnológicas para o campo será feita com lupa, priorizando eficiência agronômica e segurança. Não é só uma questão de custo, mas de gestão de risco e sustentabilidade produtiva”, afirma Leonardo Sodré, CEO do Grupo GIROAgro.

Embora a China tenha sinalizado flexibilização nas exportações, os efeitos são limitados e a oferta global continua instável. Sem alívio nos preços, muitos produtores buscam alternativas como nutrição de manutenção e uso mais eficiente dos recursos aplicados ao solo. A situação exige cautela, boa gestão e apoio técnico para manter a produtividade sem comprometer a sustentabilidade financeira das lavouras.

“Estamos em um ciclo onde quem estiver tecnicamente amparado e bem informado terá condições de superar as turbulências. É hora de investir em conhecimento e proximidade com quem conhece o solo, a planta e o mercado”, complementa.

Fonte: Agrolink


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