Setor foca no mercado externo para ampliar competitividade do arroz brasileiro

Projeções foram apresentadas durante a coletiva de imprensa da Abertura Oficial da Colheita do Arroz

29/01/2020 às 15:56 atualizado por Anelise Nicolodi - SBA | Siga-nos no Google News
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A colheita do arroz está prestes a iniciar no Rio Grande do Sul, maior produtor nacional. Presente em cerca de 140 municípios gaúchos, a atividade econômica é responsável pela geração de 20 mil empregos diretos. Nesta safra, os produtores foram responsáveis por 940 mil hectares de área plantada e que deve chegar a 7,5 mil quilos de produtividade. Os números foram destacados nesta terça-feira, 28 de janeiro, na coletiva de imprensa de apresentação da 30ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, na sede do evento na Estação Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS). A expectativa para esta edição, que acontece de 12 a 14 de fevereiro, é integrar a cadeia produtiva do setor e atrair em torno de 7 mil participantes.

Conhecimento técnico, tecnologias e soluções para tornar o negócio mais rentável estarão em pauta no evento, que este ano tem como tema Intensificação para Sustentabilidade. Segundo o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, entidade à frente da iniciativa, seis mil produtores e suas famílias dependem do cultivo do cereal no Estado.

"Nós temos que, cada vez mais, buscar alternativas, soluções e ter melhor gestão dos nossos negócios”, afirmou, apontando a soja como opção para a redução de custos e aumento na fertilidade de solo.

Novos mercados também estarão no centro dos debates no evento, que contará com roteiro pelas vitrines tecnológicas, fórum técnico e de mercado e feira e dinâmica de equipamentos.  “Em março participaremos de uma feira do setor alimentício, em Gualadajara, no México, estreitando relacionamento com empresas interessadas no arroz gaúcho”, adiantou, reforçando que o principal concorrente é os Estados Unidos, que entrega em torno de 800 mil toneladas, por ano, para aquele país. “Os norte-americanos fazem o envio por meio trem, porém produzem cereal híbrido, de menor qualidade se comparado ao nosso”, complementa. “Não podemos perder esta oportunidade. O câmbio nos trouxe competitividade, além da redução da safra nos Estados Unidos e a seca no México”, afirmou. Na coletiva de imprensa, Velho também salientou que a Federarroz está atenta a possíveis negócios no Panamá e Guatemala. “A busca por novos mercados vai continuar”.

A terceira estimativa para a safra nacional de 2020 divulgada pelo IBGE é de uma produção de 10,4 milhões de toneladas, crescimento de 0,9% em relação a 2019. O rendimento médio deve crescer 3,6%, chegando 6.266 kg/ha, enquanto a área plantada deve apresentar declínio de 3,4%. O Rio Grande do Sul, maior produtor de arroz do País, deve participar com 70,5% do total a ser colhido em 2020.


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