IPCA-15 tem deflação de -0,07% em julho, diz IBGE

Redução de -3,45% nos preços da energia elétrica impactou deflação do grupo Habitação

25/07/2023 às 14:31 atualizado por Thiago Gonçalves - SBA | Siga-nos no Google News
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Dados do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), divulgados nesta terça-feira (25) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), demonstram deflação de -0,07% na prévia da inflação para o mês de julho. Números mostram queda de 0,11 ponto percentual em relação à taxa do mês anterior, que foi de 0,04%. O principal impacto negativo para esse resultado veio da retração de
-3,45% nos preços da energia elétrica residencial, após a incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas de julho.

Além da energia elétrica residencial, a queda de 2,10% nos preços do botijão de gás também influenciou a retração do grupo Habitação de 0,94%, um dos que mais impactaram o índice geral. 

Outra grande influência sobre o índice veio da Alimentação e bebida. Entre os alimentos com preços em queda, destacam-se o feijão-carioca (-10,20%), o óleo de soja (-6,14%), o leite longa vida (-2,50%) e as carnes (-2,42%). Por outro lado, a batata-inglesa (10,25%) e o alho (3,74%) ficaram mais caros neste mês.

A alimentação fora do domicílio ficou 0,46% mais cara em relação ao mês anterior. Já a refeição em casa ficou 0,17% menor que o registrado em junho. 

O destaque foi o grupo de Transportes (0,63%). O avanço é explicado pelo aumento nos preços da gasolina (2,99%), que teve o maior impacto positivo (0,14 p.p.) entre os subitens pesquisados. O gás veicular também subiu (0,06%), enquanto o óleo diesel (-3,48%) e etanol (-0,70%) tiveram deflação. Com esses resultados, os combustíveis tiveram alta de 2,28% em julho.

Seis das 11 áreas pesquisadas recuaram em julho. A maior inflação ficou com Porto Alegre (0,34%), por conta das altas da gasolina (3,78%) e da passagem aérea (13,87%). Já a deflação registrada em Goiânia (-0,52%), a maior entre os locais, foi relacionada à queda de 7,31% na energia elétrica residencial.

Para o cálculo do IPCA-15, a metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica. Os preços foram coletados entre 15 de junho e 13 de julho de 2023 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de maio a 14 de junho de 2023 (base).

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.

Com informações IBGE
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil
 


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