Oferta cresce e preço da cebola cai no Sul do Brasil

Cotações do tomate também seguiram tendência de queda em janeiro

16/02/2023 às 15:30 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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Foto: Paula Rodrigues/Embrapa

Em janeiro, um dos ingredientes mais importantes na culinária brasileira e também internacional ficou mais barata nas Ceasas (Centrais de Abastecimento) do país. Dados do 2º Boletim do Prohort (Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro), divulgado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) nesta quinta-feira (16), mostram que os preços da cebola apresentaram uma nova e expressiva queda de 35,13% em relação à média de dezembro de 2022.

Segundo o levantamento, o preço do produto reduziu pelo menos 20% em todas as Ceasas analisadas. O motivo da baixa nas cotações foi a entrada no mercado em maiores volumes da cebola do Sul do país, especialmente de Santa Catarina. No mês passado, os envios às centrais a partir desse estado aumentaram cerca de 25%.

Seguindo a mesma tendência, após um período de alta, os preços do tomate voltaram a cair 6,26% na comparação com dezembro do ano passado. Porém, diferente da cebola, o movimento não foi unânime, sendo mais significativo no mercado atacadista da Ceagesp/SP. O fator relevante para esse resultado foi a maior oferta do fruto a partir de São Paulo, atingindo um aumento de quase 40% no período analisado. Isto explica a queda acentuada do preço, tanto no mercado da capital como em Campinas/SP. A safra de verão intensificou-se com a perspectiva de manter seus volumes nos mercados em fevereiro.

Alta nos preços

As cotações de outras hortaliças, como batata e cenoura, subiram no começo deste ano. No caso da batata, segundo o Boletim Prohort, essa tendência vem ocorrendo desde setembro do ano passado e, em janeiro deste ano, os preços chegaram a aumentar 2,29% na média ponderada, comparado ao mês anterior. No entanto, o movimento não foi uniforme entre os mercados atacadistas. De acordo com a Conab, neste caso, o abastecimento é realizado atualmente pelo produto proveniente da safra das águas, e o excesso de chuvas em  janeiro influenciou na  redução da oferta do produto, pressionando os preços.

Já a cenoura, que também passou por um período de alta de preços, seguido por uma queda abrupta e depois pela estabilidade em baixos níveis no decorrer de 2022, voltou a ter alta nos preços em janeiro. A média ponderada do mês aumentou 41,52% em relação à média de dezembro. Em todas as Ceasas analisadas  pela Conab, a movimentação total de cenoura caiu quase 10%, com a diminuição dos envios a partir de Minas Gerais e São Paulo, principais estados ofertantes do Brasil.

Com informações da Conab


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