Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O Boletim Focus, divulgado ontem (7) pelo Banco Central, indica que a previsão do mercado financeiro para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 2023, considerada a inflação oficial do país, subiu de 5,74% para 5,78%. De acordo com a pesquisa semanal, para 2024 a projeção da inflação ficou em 3,93%. Para 2025 e 2026, as estimativas são de inflação em 3,5%, para ambos os anos.
A previsão para 2023 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central, definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) em 3,25% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 1,75% e o superior de 4,75%.
Da mesma forma, a projeção para o índice no próximo ano também está acima do centro da meta prevista, que é de 3%, também com intervalos de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que, em janeiro, o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15), que é a prévia da inflação, teve aumento de 0,55%. Em 2022, o IPCA, que mede a inflação oficial, fechou com uma taxa de 5,79% acumulada no ano. A meta estava em 3,5%, com a mesma margem de tolerância, e podia variar entre 2% e 5%.
Taxa de juros
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Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Copom (Comitê de Política Monetária). A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.
Após a primeira reunião do ano, na semana passada, o Copom indicou que os juros podem ficar altos por mais tempo que o previsto e não descartou a possibilidade de novas elevações caso a inflação não convirja para o centro da meta, como o esperado, em meados de 2024.
A expectativa do mercado financeiro é de que a Selic encerre 2023 em 12,5% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9,75% ao ano. Já para 2025 e 2026, a previsão é de Selic em 9% e 8,5%, respectivamente.
PIB e câmbio
A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano variou de 0,8% para 0,79%. Para 2024, a expectativa para o PIB (Produto Interno Bruto), que corresponde à soma de todos os bens e serviços produzidos no país, é de crescimento de 1,5%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 1,89% e 2%, respectivamente.
A expectativa para a cotação do dólar está em R$ 5,25 para o final de 2023. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,30.
Com informações da Agência Brasil