Estimativa da inflação salta para 5,74% em 2023

Previsão para o PIB neste ano ficou em 0,8%

30/01/2023 às 13:35 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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Foto: Agência Brasil

A última edição do Boletim Focus de janeiro, divulgada hoje (30) pelo Banco Central, revela que a previsão do mercado financeiro para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerada a inflação oficial do país, subiu de 5,48% para 5,74% para 2023. A expectativa das instituições financeiras é que a taxa atinja 3,9% em 2024 e 3,5% em 2025 e 2026.

A previsão para 2023 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pela instituição financeira, definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) em 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 1,75% e o superior de 4,75%.

Da mesma forma, a projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, que é de 3%, também com os intervalos de tolerância de 1,5 ponto percentual.

O Banco Central explicou, por meio de carta ao Ministério da Fazenda, que a inflação só ficará dentro da meta a partir de 2024, quando deverá se situar em 3%, e em 2025, na margem de 2,8%. Para esses dois anos, o CMN estabelece uma meta de 3% para o IPCA.

Em janeiro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15), que é a prévia da inflação, teve aumento de 0,55%. Em 2022, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial, fechou com uma taxa de 5,79% acumulada no ano. A meta estava em 3,5%, com a mesma margem de tolerância, e podia variar entre 2% e 5%.

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Copom (Comitê de Política Monetária), que está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava neste mesmo patamar. Segundo o boletim, a expectativa é de que a Selic encerre 2023 em 12,5% ao ano. Para o fim de 2024, 2025 e 2026, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9,5% e 8,5%, respectivamente.

PIB e câmbio

Ainda de acordo com o Banco Central, as projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano variou de 0,79% para 0,8%. Para 2024, a expectativa para o PIB (Produto Interno Bruto), que corresponde à soma de todos os bens e serviços produzidos no país, é de crescimento de 1,5%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro estima expansão em 1,89% e 2%, respectivamente.

A expectativa para a cotação do dólar está em R$ 5,25 para o final de 2023. Para o fim do próximo ano, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,30.

Com informações da Agência Brasil


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