Banana, laranja, mamão e melancia ficam mais baratos

Clima, Copa do Mundo e concorrência com produtos natalinos influenciaram os preços no hortifrúti brasileiro

17/01/2023 às 11:02 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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Foto: Ronaldo Rosa/Embrapa

A maior oferta de alguns produtos e a menor procura por parte dos consumidores foram determinantes para a redução dos preços da banana, laranja, mamão e melancia. É o que revela o 1º Boletim do Prohort (Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro), divulgado nesta terça-feira (17) pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

No caso da banana, o principal motivo para a queda de preços foi a maior oferta da nanica. Em novembro, as principais regiões produtoras desta variedade foram favorecidas por chuvas e temperaturas adequadas para o enchimento nos cachos e posterior venda em dezembro e janeiro. Já a banana prata teve a oferta controlada, inclusive com aumento nas cotações no decorrer do último mês de 2022, explicado tanto pelo menor investimento na cultura nas praças do Sudeste como pela ocorrência das chuvas que restringiram a oferta e a qualidade do produto. Nos primeiros dez dias de janeiro, a Conab continua verificando esse comportamento distinto entre as variedades com tendência de estabilidade ou alta de preços para a prata e queda nas cotações da nanica.

Foto: Wenderson Araúoj/CNA-Senar

No caso do mamão, um cenário semelhante é observado, com oferta controlada para o papaya, enquanto o formosa registrou um pequeno crescimento de produção em regiões baianas, potiguares e cearenses. Para a laranja, o mês de dezembro foi atípico. A Copa do Mundo no início e a concorrência com as frutas natalinas no final do mês, como ameixa e pêssego, diminuíram o consumo do produto e os preços tiveram tendência de queda na maioria das centrais analisadas pela Conab.

Para a melancia, além das particularidades de dezembro, o clima mais chuvoso levou a resultou em um menor fluxo de comercialização, impactando negativamente nas cotações. Outro importante fator para essa redução é a maior oferta da fruta nos mercados analisados devido ao aumento do volume produzido no estado de São Paulo.

Entre as frutas analisadas pela Companhia, apenas a maçã registrou alta nos preços em dezembro. Os estoques nas companhias classificadoras estão baixos o que pressiona as cotações.

Exportação

Ainda conforme o Boletim Prohort, em 2022, os números acumulados das vendas externas de frutas brasileiras foram inferiores aos embarques no mesmo período de 2021, tanto em volume quanto em receita. Ao todo, foram vendidos 1,04 milhão de toneladas e o faturamento ficou em torno de US$ 1,08 bilhão, quedas de 15,9% e 11,6%, respectivamente, frente aos resultados de 2021.

O menor ritmo nas exportações, segundo a Conab, é explicado pelo aumento nos custos de produção e aos problemas climáticos em importantes áreas de cultivo que prejudicaram a produção das frutas no país.

Com informações da Conab


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