Segundo boletim semanal para mercado bovino, do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), na segunda parte de abril, foi registrado uma retração mais intensa na demanda de carne bovina no Mato Grosso (MT). Mesmo com a continuidade de exportações para a China, principal cliente do estado, o volume não chega a equilibrar a demanda no consumo interno, tendo em vista que 75,80% do destino da carne de Mato Grosso é no mercado interno e sete frigoríficos ainda estão parados.
Dados do Mdic constatam, baseados nas expostações semanais do país, que os envios internacionais perderam o ritmo em abril: nos primeiros quinze dias do mês retraíram 29,73% em comparação com o mesmo período de março. Porém, os preços na ponta da cadeia seguem praticamente estáveis na semana passada, tanto no atacado quanto no varejo, ainda com a maior procura por cortes dianteiros.
Embora fraca, outra movimentação que iniciou no estado foi a das aquisições de animais de reposição, em especial de bezerro desmama e garrote, pois os produtores estão em um momento decisivo para o confinamento. As cotações do boi e da vaca gorda tiveram um leve recuo ante a semana passada, de 0,18% e 0,87%, respectivamente, pois o número de negociações voltadas para o mercado interno segue baixo.
No mercado de reposição os preços ficaram praticamente estáveis, com elevação de 0,18% no comparativo semanal para o bezerro de ano. Há oferta, porém poucos compradores estão interessados, uma vez que a procura tem sido mais para confinamento, o qual demanda volume menor de animais. As escalas de abate seguem desconfortáveis para a indústria, uma vez que ainda continuam nos patamares dos 5,00 dias.
Por conta da queda na arroba do boi e aumento no preço do bezerro de ano, a relação troca boi / bezerro caiu 1,28% ante a semana passada, ficando em 1,70 cab/cab.
Com informações Imea