Resistência de clones de cacaueiros será testada no Perú para prevenção à entrada da monília no Brasil

Quarentena que antecipará o transporte do material deve durar entre seis a oito meses

30/09/2019 às 09:10 atualizado por Thalya Godoy* - SBA | Siga-nos no Google News
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A Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) colocará em quarentena clones de cacauzeiros desenvolvidos no Brasil que sejam resistentes à monília, como forma de prevenção à entrada da praga quarentenária no país, uma das 20 mais nocivas que ameaçam a agricultura brasileira. Após este período, as amostras serão transportadas para o Peru que já foi infectado pela doença.

A quarentena terá duração de seis a oito meses. Na Costa Rica, a praga aniquiliou 100% das lavouras e foi encontrada em países fronteiriços ao Brasil, como Bolívia, Colômbia, além do Peru. A unidade de Recursos Genéticos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Brasília, receberá a partir de outubro o material produzido pelo serviço de pesquisa da Ceplac, na Bahia.

Monília está entre as 20 pragas quarentenárias mais nocivas para a lavoura brasileira. Foto: Divulgação Mapa

A Ceplac importou dez materiais genéticos da Costa Rica, Peru e Equador para produzir clones de cacauzeiros capazes de combater à monília caso a doença entre no Brasil. A partir das amostras dos países que foram contaminados, a equipe de pesquisa e melhoramento genético da Ceplac desenvolveu réplicas resistentes à vassoura de bruxa, praga presente no Brasil, que pode repelir também a doença.

Os clones não podem ser testados nas fazendas brasileiras, devido à doença não ter se manifestado no país. Para prevenir que alguma praga seja levada para fora, eles devem ficar isolados em quarentena antes de serem transportados para teste no exterior.

Com informações do Mapa

 

*Texto Supervisionado por Douglas Ferreira

 


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