Consultor estima habilitação de 25 frigoríficos exportadores para a China até o final do ano

Brasil é a principal alternativa para abastecer o mercado interno chinês

17/07/2019 às 12:19 atualizado por Jorge Zaidan - SBA | Siga-nos no Google News
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Uma empresa de consultoria no agronegócio apresentou nesta terça-feira(16) uma estimativa muito positiva para o Brasil. O país poderá ter, até o final do ano, o aval da China para a habilitação de mais 25 plantas frigoríficas para exportar carnes aos chineses.

A estimativa é da INTL FCStone, apresentada pelo consultor de gerenciamento de risco, Caio Toledo. A China o atual maior importador de carne bovina, ao lado da província chinesa Hong Kong. Ambos respondem, no primeiro semestre de 2019, pela compra de 317 mil toneladas, do total de 827 mil toneladas exportadas pelo Brasil, segundo o Ministério da Agricultura.

A INTL FCStone avalia que a China deve aumentar as compras internacionais de carnes, após os impactos causados pela gigantesca redução da produção de carne de porco, em razão dos casos de febre suína africana no território chinês e em outros países da Ásia.

De acordo com Caio Toledo, o Brasil é a principal fonte de proteína animal com excedente para atender a demanda chinesa no momento. Ocorre que são apenas 15 plantas frigoríficas hoje habilitadas para atender aquele mercado. Em recente visita a países asiáticos, a ministra da Agricultura Tereza Cristina reivindicou a liberação de mais 30 plantas para exportação de carnes bovina, suína e de aves.

Toledo estima que a principal alternativa para a China suprir as necessidades internas será recorrer ao Brasil, que possui dezenas de plantas aptas para exportar. Há outros mercados, como Estados Unidos e Austrália, também com excedentes para atender os chineses. Mas, o Brasil é o principal.

De acordo com o consultor, após a esperada habilitação de novas plantas, o Brasil poderá aumentar em 242% as exportações para os chineses.

Toledo disse acreditar que o caso atípico da doença da “vaca louca”, registrado – e já resolvido – em junho último, no Mato Grosso, possa ter atrasado o processo de liberação das plantas. Mas, a necessidade chinesa pode acelar o processo de habilitação.


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