
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) deflagrou, no dia 9 de junho, a Operação Ronda Agro LXXXIX nos municípios de Santa Rosa e Três Passos, no noroeste do Rio Grande do Sul. A ação teve como foco o combate ao trânsito internacional irregular de produtos agropecuários e outros ilícitos.
Coordenada pelo Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária para Fronteiras Internacionais (Vigifronteiras), a operação foi realizada de forma integrada com a Brigada Militar, o Exército Brasileiro, a Polícia Federal, a Receita Federal e o programa Sentinela, vinculado à Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). As atividades contaram ainda com o apoio do Centro Integrado de Segurança Pública e Proteção Ambiental (CISPPA), sediado em Foz do Iguaçu (PR), vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Durante a operação, foram fiscalizados estabelecimentos rurais e terminais de recebimento de grãos. Como resultado, o Mapa apreendeu 51 toneladas de soja e 12 toneladas de cebola introduzidas ilegalmente no país, além de 1.946 litros de produtos similares a agrotóxicos sem registro. A Polícia Federal também apreendeu um caminhão truck, um trator, um carretão e uma esteira elétrica, utilizados no transporte dos produtos irregulares do Rio Uruguai até o território nacional. O material foi encaminhado à Receita Federal para perdimento. O prejuízo estimado aos infratores ultrapassa meio milhão de reais.
Além do impacto econômico, a operação visa proteger a sanidade agropecuária e a saúde pública. “A atuação integrada nas fronteiras é fundamental para proteger a agropecuária nacional de riscos sanitários e econômicos. Operações como a Ronda Agro reforçam o compromisso do Mapa com a segurança dos alimentos, a saúde animal e vegetal e a defesa dos interesses do país no comércio internacional”, destacou o diretor substituto de Serviços Técnicos, Fabrício Pedrotti.
O major Anderson Machado, do 4º Batalhão de Polícia de Área de Fronteira da Brigada Militar, ressaltou a importância da cooperação entre os órgãos. “A presença e a atuação cooperada dos órgãos é fundamental não apenas para a proteção da defesa agropecuária, mas também para a manutenção da segurança pública nas fronteiras, onde as ações integradas tornam-se indispensáveis para o enfrentamento de ilícitos e o fortalecimento da legalidade”, afirmou.
Para o Exército Brasileiro, a operação também reforça a soberania nacional. “A participação da 1ª Brigada de Cavalaria Mecanizada evidenciou a eficácia da ação integrada do Estado na proteção de interesses estratégicos e na desarticulação de redes ilícitas transnacionais”, explicou o major Salóes, do Comando Militar do Sul.
As ações do Vigifronteiras integram o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF) e estão alinhadas à Política Nacional de Fronteiras, além de estarem respaldadas por decretos que atribuem à Secretaria de Defesa Agropecuária a competência para executar atividades de prevenção e combate a fraudes contra a saúde pública e às relações de consumo, entre outros ilícitos relacionados à defesa agropecuária.
Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária