A produção brasileira de carnes no primeiro trimestre de 2019 é rigorosamente igual ao do primeiro trimestre de 2018. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), que apontam que a produção, considerado o peso das carcaças, somou 6,31 milhões de toneladas no período. Segundo o instituto, o volume de produção poderia maior, já que os abates de bovinos e de suínos aumentaram no período, mas o número foi prejudicado pelo abate de frangos, que caiu 2,3% no trimestre.
Os dados indicam a produção de carne inspecionada por algum órgão oficial. A produção real, no entanto, é maior.
De janeiro a março deste ano, as indústrias de curtume adquiriram 8,5 milhões de couros para a industrialização. No mesmo período, passaram por inspeção nos frigoríficos 7,9 milhões de animais. Estima-se que, pelo menos 600 mil, foram abatidos sem a devida inspeção.
Foto: Divulgação Apenas a produção de frango foi menor do que em 2018, com redução de 2,3% no volume produzido
Em relação ao frango, a redução no volume de produção é reflexo de uma situação de estresse na produção no ano passado. Houve redução nos alojamentos de pintinhos nas granjas e queda no número de matrizes. Os custos de produção estavam elevados e o consumo interno, fraco.
O cenário do segundo trimestre está bem diferente. O mercado externo está aquecido, como mostraram as estatísticas mais recentes, e os abates aumentaram, segundo o presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Francisco Turra.
Suínos
O abate de suínos começou o ano em ritmo acelerado, incentivado pela demanda chinesa por esse tipo de proteína. Segundo o IBGE, 11,3 milhões de animais foram para os abatedouros, 5,5% mais do que no primeiro trimestre do ano passado.
Com informações da Folha de São Paulo