Caso atípico de “vaca louca” é investigado no Mato Grosso

Segundo a Abiec, caso não deve interferir nos preços da arroba.

31/05/2019 às 20:31 atualizado por Davi Nunes - SBA | Siga-nos no Google News
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Foto: Divulgação

O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso, o Indea, confirmou que foi detectado um caso
atípico de doença da vaca louca em uma propriedade no estado. A agência, que não divulgou o nome da
propriedade, informou que tomou todas as providências para casos suspeitos de doença. O ministério da
agricultura divulgou hoje à tarde uma nota que: “A secretaria de defesa agropecuária do ministério
confirma a ocorrência, no Mato Grosso, de um caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina. A
doença ocorre de maneira espontânea e esporádica, e não está relacionada à ingestão de alimentos
contaminados. Trata-se de uma vaca de corte, com idade de 17 anos. Todo o material de risco específico
para EEB foi removido do animal durante o abate de emergência e incinerado no próprio matadouro.
Outros produtos derivados do animal foram identificados, localizados e apreendidos preventivamente, não
havendo ingresso de nenhum produto na cadeia alimentar humana ou de ruminantes. Não há, portanto,
risco para a população. Após a confirmação, nesta sexta-feira (31), o Brasil notificou oficialmente à oie e
os países importadores, conforme preveem as normas internacionais. Segundo as normas da OIE, não
haverá alteração da classificação de risco do Brasil para a doença, que continuará como país de risco
insignificante, a melhor possível para a EEB. Em mais de 20 anos de vigilância para a doença, o Brasil
registrou somente três casos de EEB atípica e nenhum caso de EEB clássica”.


A Abiec - Associação das Indústrias Exportadoras de Carne, também divulgou nota informando que
notícias da BSE, sigla para a doença da vaca louca, seriam normais se as pessoas fossem instruídas sobre
o que é e quando ocorrem. Segundo ele, animais acima de 8 anos vão quase sempre apresentar incidência
atípica. Sem consequências para a saúde humana. Na nota, a entidade reitera que o alarde e o
sensacionalismo é que podem prejudicar o setor pecuário. E que a falta de informação e de transparência é
que podem se tornar danosos. A Abiec fala de comportamentos de mercado que poderiam estar
associados à veiculação de casos alarmantes como o de Mato Grosso. A nota da associação diz que a
notícia de ontem à noite pode trazer especulações que prejudiquem o pecuarista, a indústria e o país. Diz
ainda que: “Quanto menos for falado antes de o ministério se pronunciar, será melhor”. E ainda que:
“Quanto menos medidas radicais forem tomadas, será melhor”. Para a entidade, ajustar preços à realidade
de mercado è obrigação de cada um em tempo real. Dá pra adaptar abates conservadores com preços reais
sem especulações. Dá pra travar números condizentes a preços da carne sem prejuízos. A nota termina
pedindo cautela para que o caso não tome rumos além da realidade. E ainda, que a depreciação da @ e da
carne não interessa a nenhum elo do setor. A nota é assinada pelo presidente do conselho de
administração da Abiec, Antônio Jorge Camardelli.


Segundo a Scot Consultoria, em seu relatório diário do mercado do boi gordo, a notícia divulgada ontem,
de suspeita do caso atípico da doença, fortaleceu a estratégia dos compradores de não abrirem ofertas de
compra. segundo a agência, a indústria ficou hoje na retranca, aguardando mais informações.


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