Estimativa realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgada nesta quinta-feira (16) aponta que o Brasil caminha para colher uma safra de 50,92 milhões de sacas de café beneficiado em 2019, somando-se as espécies arábica e conilon. O volume, segundo a companhia, representa uma redução de 17,4% em relação a 2018.
O instituto aponta que o recuo se dá em virtude da bienalidade negativa nos cafezais, um fenômeno natural que ocorre com a cultura, e faz com que sua produtividade seja maior em um ano e menor no ano seguinte. Apesar disso, o Brasil segue como principal produtor e maior exportador mundial de café.
Foto: Divulgação Apesar da queda na produtividade, Brasil continua sendo maior produtor e exportador mundial de café
De acordo com o levantamento, a colheita do café arábica já foi iniciada e a produção se mantém como a maior dentro do período de bienalidade negativa. O café arábica representa 72% do total da produção e é o mais influenciado pela bienalidade. Nesta safra, deve alcançar 36,98 milhões de sacas, uma redução de 22,1% em comparação à temporada anterior.
Já a produção do tipo conilon está estimada em 13,94 milhões de sacas, uma diminuição de 1,7% em relação a 2018. Neste caso, a projeção deve-se principalmente à expectativa de redução de produção na Bahia e em Minas Gerais, que diminuíram área plantada e, consequentemente, devem dimunuir produtividades médias, e no Espírito Santo, que também diminuiu a produtividade devido ao clima.
A área total cultivada no país com as duas espécies totaliza 2,16 milhões de hectares. Deste total, 14,8% estão em formação e 85% em produção.
É também destaque no boletim o mapeamento que a estatal está realizando com dados de café nas principais regiões produtoras. O estudo utiliza tecnologias de georreferenciamento, que colabora com as estimativas de áreas.