Foto: Laura Pereira
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) unidade Pecuária Sudeste em São Paulo, apresenta pesquisa desenvolvida que deve impulsionar no Brasil o mercado que se encontra em crescimento no mundo, o de produtos feitos a partir do couro de peixe. O pesquisador Manuel Antônio Chagas Jacinto está testando a resistência desses materiais, à tração e ao rasgamento, informações essenciais para a indústria produtora de couros não convencionais.
A finalidade é determinar um protocolo para os testes de qualidade do couro de peixe feitos em laboratório. Nesse sentido, o pesquisador confronta duas metodologias para análise das peles: uma com cortes inclinados e outra com cortes transversais e longitudinais. O diferenciativo do estudo é que as amostras estão sendo retiradas de tilápias grandes, de aproximadamente 3,5 quilos, com superfície maior para que seja possível recortar amostras repetidas, reduzindo as chances de erro.
A pesquisa está em fase adiantada e faz parte do projeto “Ações estruturantes e inovação para o fortalecimento das cadeias produtivas da aquicultura no Brasil” (BRS Aqua), iniciado em 2018, que abrange mais de 20 centros de pesquisa da Embrapa, cerca de 270 empregados da Empresa e recursos financeiros totalizando R$ 57 milhões. São cerca de R$ 45 milhões do Fundo Tecnológico do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES/Funtec), R$ 6 milhões da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca (que estão sendo executados pelo CNPq) e contrapartida de R$ 6 milhões da própria Embrapa.