suinocultura de Mato Grosso do Sul vive um momento decisivo. Com o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação prestes a ser oficializado no próximo dia 29, o setor se prepara para um salto na produção, na abertura de novos mercados e na atração de investimentos. O anúncio foi feito durante o VII Fórum de Desenvolvimento da Suinocultura do MS, realizado nesta terça-feira (13), em Dourados. O evento realizado pela Associação Sul-Mato-Grossense de Suinocultores (Asumas), reuniu mais de mil e cem pessoas, entre produtores, lideranças políticas, representantes da agroindústria e instituições do agro em um debate sobre o presente e o futuro da suinocultura no estado. Na pauta, temas como sustentabilidade, capacitação, políticas públicas e ampliação da produção.
Segundo o secretário executivo de desenvolvimento econômico sustentável, da Semadesc, Rogério Beretta, a suinocultura tem ganhado destaque como uma das cadeias produtivas mais dinâmicas do estado. “Temos as duas principais plantas frigoríficas do estado em processo de dobrar a produção, o que demonstra o nosso potencial. É uma atividade que gera tecnologia, emprego e renda tanto no Norte quanto no Sul do estado. E seguimos, junto com a Asumas, buscando atrair novos investimentos, porque sabemos que o setor tem muito a crescer”, afirmou Beretta.

A conquista da certificação internacional, que atesta Mato Grosso do Sul como zona livre de febre aftosa sem vacinação, também foi comemorada. O deputado estadual Renato Câmara destacou o papel dos produtores na conquista. “O governo mostrou o caminho, mas quem fez a diferença foi cada um de vocês, que está no barracão, na lida do dia a dia. Agora teremos uma nova dimensão de comercialização, que vai fortalecer ainda mais a nossa suinocultura”, disse.
O superintendente do Senar/MS, Lucas Galvan, reforçou a importância da inovação e do conhecimento para manter o protagonismo do estado na suinocultura nacional. “Temos que continuar investindo em capacitação, gestão, olhar para temas como crédito de carbono e mão de obra. O que fizemos até agora nos tornou referência, e é isso que vai garantir a continuidade desse protagonismo”, pontuou.
Para o presidente da Asumas, Renato Spera, o fórum consolida a força da união entre os produtores e reafirma o compromisso da entidade com o desenvolvimento sustentável da cadeia. “Estamos vivendo um momento único. A suinocultura de MS está madura, estruturada e pronta para crescer ainda mais. Temos atuado fortemente para representar os interesses dos suinocultores, buscar soluções para os desafios do setor e construir, com os produtores, um futuro cada vez mais próspero”, afirmou.
Atualmente, Mato Grosso do Sul conta com 284 granjas registradas, 119.582 matrizes em produção, e mais de 3,39 milhões de suínos abatidos apenas em 2024. A cadeia movimenta 129 empresas, gera cerca de 32 mil empregos diretos e já produziu 315 mil toneladas de carne suína neste ano, com projeção de crescimento de 10% para 2025. Os dados foram divulgados durante o fórum, que também apresentou os diferenciais competitivos do estado, como a alta produtividade, disponibilidade de grãos a preços competitivos, estrutura moderna e políticas públicas de incentivo.
Informações: Assessoria AgroA