A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO) emitiu um alerta aos produtores rurais de Mato Grosso do Sul, especialmente nas regiões de divisa com Goiás e Minas Gerais, após a confirmação de casos de raiva em herbívoros no município de Carneirinho (MG). A doença, transmitida por morcegos hematófagos, requer ações imediatas para proteger os rebanhos e evitar prejuízos econômicos.
Atualmente, dois casos de raiva foram confirmados em Carneirinho, que fica próximo à divisa com Goiás e Mato Grosso do Sul. Uma força-tarefa interestadual, envolvendo a IAGRO, a Agrodefesa (GO) e o IMA (MG), está em ação para monitorar a situação. Fiscais estão realizando a captura de morcegos e monitorando abrigos na região.
Os produtores de Mato Grosso do Sul devem vacinar obrigatoriamente seus animais. Bovinos, búfalos, equinos, caprinos e ovinos precisam ser vacinados anualmente, com a primeira dose para filhotes aos 3 meses e um reforço após 30 dias.
É fundamental que os produtores notifiquem a IAGRO sobre qualquer suspeita de raiva. Os sintomas a serem observados incluem salivação excessiva, andar cambaleante e isolamento do rebanho. Além disso, a presença de morcegos hematófagos em abrigos, como cavernas e casas abandonadas, deve ser comunicada. Os produtores não devem espantar os morcegos, mas sim avisar a IAGRO para um controle adequado.
As áreas de maior risco incluem propriedades próximas ao Rio Paraná, Rio Aporé e as divisas com Goiás e Minas Gerais, além de locais com histórico de raiva ou colônias de morcegos. A vigilância nessas regiões é crucial para prevenir a disseminação da doença.
A urgência em agir se deve ao fato de que a raiva é fatal, não possui cura e pode matar os animais em um período de 3 a 7 dias. Além disso, a doença representa um risco econômico significativo, com possíveis perdas de rebanho e restrições sanitárias. A saúde pública também está em jogo, uma vez que a raiva pode ser transmitida a humanos.
A IAGRO está atuando em campo com fiscalização ativa nas zonas de risco, monitoramento de abrigos de morcegos e orientações técnicas para os produtores. A comunicação rápida de suspeitas é essencial, e a IAGRO destaca que não há punição para quem notifica, considerando isso um ato de responsabilidade que protege toda a cadeia produtiva.
Fábio Shiroma, da IAGRO, enfatiza a importância da notificação: “É um ato de responsabilidade que protege toda a cadeia produtiva.”
Informações: Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro)