Colheita de soja e milho chega à reta final no Rio Grande do Sul

Safras avançam com bons índices de produtividade e encerramento quase total das operações no campo

09/05/2025 às 12:10 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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O tempo seco e os longos períodos de sol aceleraram a colheita da soja no Rio Grande do Sul, que já atinge 95%, com os últimos 5% em maturação. No milho, a colheita chegou a 92%, com 5% em maturação e 3% em enchimento de grãos, conforme o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado em 8 de maio.

Em várias regiões, especialmente no Planalto e Alto Uruguai, a colheita foi concluída. No entanto, a formação intensa de orvalho nas manhãs atrasou o início das atividades de campo, aumentando o risco de perdas por grãos danificados devido à umidade retida nas plantas.

A produtividade das lavouras apresenta grande variação, refletindo o déficit hídrico ao longo do ciclo. Os rendimentos da soja variam entre 1 mil e 2,5 mil kg/ha, com médias abaixo das expectativas iniciais. As lavouras restantes estão em estágio de maturação fisiológica, prontas para a colheita.

A falta prolongada de chuvas, com até quatro semanas sem precipitações em algumas áreas, acelerou a debulha natural dos grãos, resultando em perdas significativas. Na Região Oeste, a Emater/RS-Ascar registrou perdas médias de 80 kg/ha de grãos no solo antes da colheita, gerando prejuízos econômicos adicionais.

As indenizações do Proagro e Proagro Mais estão sendo processadas mais rapidamente nesta safra, devido à flexibilização documental. No entanto, o acesso a seguros públicos e privados continua restrito a perdas expressivas, e a redução na cobertura do Proagro tem dificultado a compensação para lavouras com produtividade de até 1,2 mil kg/ha.

Os produtores que finalizaram a colheita aguardam chuvas para reidratar o solo e possibilitar a semeadura das culturas de inverno e plantas de cobertura. Eles também realizam práticas de conservação do solo, como calagem e construção de terraços, para melhorar as condições do solo e conter a erosão.

A colheita do milho avança em ritmo mais lento, com os produtores aguardando o término do ciclo das lavouras plantadas em dezembro. As condições secas e a alta radiação solar favoreceram a operação das máquinas agrícolas, mas a falta de chuvas nas últimas semanas prejudica as lavouras em enchimento de grãos, fase crítica para o potencial produtivo.

Em regiões onde ocorreram chuvas suficientes, os produtores iniciaram a semeadura de culturas de cobertura para proteger o solo e aumentar a matéria orgânica. Contudo, na maior parte do Estado, a baixa umidade do solo ainda impede a semeadura dessas espécies, dificultando a preparação para a próxima safra de milho, prevista para agosto.

Informações: Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação RS 


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