O agronegócio brasileiro registrou um novo recorde histórico de emprego, alcançando 28,6 milhões de pessoas no segundo trimestre de 2024, segundo pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). Esse aumento de 2,3%, equivalente a cerca de 643 mil novas vagas, mantém a participação do setor em 26,5% do total de ocupações no país.
O crescimento do emprego no agronegócio foi impulsionado, em grande parte, pela alta de 8,3% (aproximadamente 815 mil pessoas) nos agrosserviços e de 4% (cerca de 179 mil pessoas) nas agroindústrias. De acordo com os pesquisadores, a expansão das atividades agroindustriais leva a uma maior demanda por serviços, uma vez que essas operações geralmente requerem uma variedade mais complexa de suporte.
O aumento na ocupação do agronegócio também refletiu mudanças significativas no perfil dos trabalhadores. Observou-se um crescimento no número de empregados com e sem carteira assinada, além de um aumento na participação feminina no setor. Essa transformação indica uma substituição gradual de trabalhadores autônomos e auxiliares familiares por empregados formalmente registrados.
Adicionalmente, a série histórica revela uma elevação no nível médio de escolaridade entre os trabalhadores do agronegócio. A participação de profissionais com ensino superior e médio, completo ou não, aumentou, apontando para uma tendência de valorização da formação educacional no setor.
Esses dados destacam não apenas o crescimento do agronegócio como motor econômico, mas também a evolução nas condições de trabalho e na qualificação profissional dos que atuam nesse importante segmento da economia brasileira.
Fonte: FAESP/SENAR