
A Rede Bicudo Brasil divulgou o relatório com os resultados dos estudos feitos nas principais regiões produtoras de algodão do país, na safra 2023/2024, sobre o uso de inseticidas no controle do bicudo-do-algodoeiro.
A praga é a principal preocupação para a cotonicultura brasileira, em razão do seu alto potencial destrutivo pois ataca a maça do algodoeiro. Quando não é controlada, ela limita a produtividade da cultura e deprecia a qualidade da fibra, ocasionando prejuízos econômicos significativos.
Para a pesquisa, foram realizadas ao menos cinco pulverizações sequenciais espaçadas em cinco dias uma da outra. As avaliações iniciaram após a segunda pulverização, em um intervalo de três a cinco dias após a aplicação dos princípios ativos. Os experimentos mostraram que não houve destaque para um padrão único de controle. Permitiu concluir que dentre os produtos testados, o Isocicloseram foi aquele que teve maior frequência de casos de controle satisfatório, seguido pelo Malationa.
A análise, que tem como principal objetivo orientar o produtor rural na tomada de decisão na compra e utilização de inseticidas para combater o bicudo-do-algodoeiro, contou esse ano com a participação de nove instituições de pesquisa brasileiras, duas a mais que a edição anterior. Integram o grupo, agora, a FAMIVA, de Ribeirão Preto (SP), e a Fundação Chapadão, de Chapadão do Sul (MS), além das instituições veteranas, baseadas nos municípios de Luís Eduardo Magalhães (BA), Dourados (MS), Rondonópolis (MT), Montividiu (GO), e Campo Verde (MT).
De acordo com o gestor de Sustentabilidade da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Fábio Carneiro, estes experimentos são importantes para o setor porque revelam como está funcionando o controle do bicudo em cada região do país. “Temos uma organização nacional desses experimentos em diversas regiões do Brasil. Todos utilizando o mesmo padrão e metodologia, para conseguirmos verificar quais são os produtos que estão sendo eficientes no controle do bicudo. Essa organização da rede bicudo é fundamental para a sustentabilidade do algodão brasileiro”.
A organização informa que, os inseticidas não são a única ferramenta possível para conter a praga. O produtor também deve seguir as boas práticas agrícolas para um manejo integrado do bicudo-do-algodoeiro, com monitoramento contínuo, inclusive das pesquisas científicas, a fim de verificar a eficácia dos produtos químicos disponíveis no mercado, detectando possíveis perdas de eficiência de uma safra para a outra.
Informações: Abrapa