Bahia finaliza colheita da safra de algodão 2023/2024

Resultados positivos apesar de desafios climáticos marcam o encerramento da colheita

25/09/2024 às 16:58 atualizado por Roberta Martins - SBA | Siga-nos no Google News
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A colheita do algodão na Bahia para a safra 2023/2024 foi oficialmente concluída na quinta-feira, 19 de setembro. Com uma área total plantada de 345.431 hectares, sendo 247.609 hectares em regime de sequeiro e 97.821 hectares irrigados, a colheita teve início em maio, concentrando-se na região Oeste, que abrange 98% da área cultivada, totalizando 339.721 hectares. O Sudoeste do estado contribuiu com 5.710 hectares, principalmente em áreas de sequeiro.

A produtividade média alcançada foi de 325,45 arrobas de algodão em caroço por hectare, um pouco abaixo das 330,8 arrobas por hectare da safra anterior, mas ainda superando as expectativas diante dos desafios climáticos enfrentados. Luiz Carlos Bergamaschi, presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), comentou sobre os desafios e resultados obtidos.

“No início da semeadura, enfrentamos chuvas irregulares devido ao fenômeno El Niño, o que gerou incertezas. Contudo, a regularização das chuvas nos meses subsequentes beneficiou o desenvolvimento da cultura. Inicialmente, nossa expectativa era de 312 arrobas por hectare nas áreas de sequeiro, mas alcançamos 316 arrobas por hectare, além de 348 arrobas por hectare nas áreas irrigadas. Esses resultados refletem as boas práticas adotadas pelos produtores, que garantiram a qualidade do algodão baiano.”

A região Oeste registrou um aumento de 10,7% na área plantada em comparação com a safra anterior, que foi de 312,5 mil hectares. Para a próxima safra 2024/2025, projeta-se um crescimento de 10,5%, com 380 mil hectares a serem plantados. Cerca de 75% da fibra colhida nesta safra já passou pelo beneficiamento, e aproximadamente 70% já foi analisada no Centro de Análise de Fibras da Abapa.

Com o término da colheita, os produtores se voltam para as atividades de entressafra, seguindo as diretrizes da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab). O período de vazio sanitário, que começou em 20 de setembro e se estenderá até 30 de novembro, exige a eliminação de restos culturais e plantas tigueras nas áreas de rotação com algodão, soja, milho e outras culturas. Essas ações são essenciais para o controle do bicudo-do-algodoeiro, uma das principais pragas da cultura.

 

Fonte: Abapa


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