A Organização Avícola do Rio Grande do Sul (O.A.RS), composta pela Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV) e pelo Sindicato da Indústria de Produtos Avícolas do Rio Grande do Sul (SIPARGS), solicitou o apoio dos governos estadual e federal para revisar os embargos às exportações avícolas gaúchas.
A avicultura do Rio Grande do Sul é vital para a produção nacional, gerando anualmente 3,8 bilhões de ovos e 1,9 milhões de toneladas de carne de frango. Com exportações médias anuais de 6,2 mil toneladas de ovos e 740 milhões de quilos de carne de frango, o setor abastece mais de 120 países.
Cerca de 580 mil pessoas dependem direta e indiretamente da avicultura gaúcha, incluindo 7.300 famílias de produtores de frango de corte e 300 pequenos produtores de ovos, que ajudam a manter a vida rural em 260 municípios do estado.
A preocupação principal do setor são os embargos recentes que bloqueiam as exportações avícolas para países como Arábia Saudita, África do Sul, China, e Cuba, conforme o Ofício Circular Conjunto nº 11/DIPOA/SDA/2024. Os embargos surgiram após um caso isolado da Doença de Newcastle, que foi rigorosamente tratado pelo Serviço Veterinário Oficial seguindo protocolos nacionais e internacionais.
O setor avícola do Rio Grande do Sul pede a intervenção do governo estadual e federal junto ao Ministério da Agricultura, ao Ministério das Relações Exteriores e à presidência do Brasil para contestar os embargos excessivos. José Eduardo dos Santos, presidente executivo das entidades avícolas do estado, destacou a necessidade de ações mais direcionadas e de negociações com embaixadas e representações dos países envolvidos.
O pedido é para evitar maiores danos econômicos a um setor crucial para o desenvolvimento socioeconômico regional e nacional.
Fonte: ASGAV