No centésimo décimo quinto dia da Operação Pantanal 2024, as ações se concentraram em quatro focos de incêndio ativos. Além das áreas de combate, há quatro regiões em alerta e monitoramento.
Os bombeiros próximos ao Porto da Manga realizam combate direto e rescaldo desde o dia 17. Outra linha de fogo se desloca em direção ao Porto da Manga, margeando o Rio Paraguai e a rodovia MS-228. Ao nordeste do Pantanal, na Área de Adestramento do Rabicho, continuam os esforços para conter a propagação das chamas. No sudoeste, na região da Nhecolândia, próximo à fazenda Tupaceretã, focos de calor estão sendo combatidos, apesar da dificuldade de acesso.
Na fazenda Santa Sophia, foram enviadas mais equipes devido à gravidade da situação. No período da tarde, militares do Paraná e Mato Grosso do Sul reforçaram a equipe na Nhecolândia. Na região de Maracangalha, as chamas foram extintas após cinco dias de combate.
Próximo à fazenda Caiman, em Aquidauana, focos de incêndio detectados por satélite foram combatidos e a área segue monitorada. Perto de Rio Verde, militares combateram incêndios nas proximidades da fazenda Rincão da Colina. Na manhã do dia 24, um novo foco foi identificado entre a Bolívia e Mato Grosso do Sul, sendo monitorado devido ao avanço para a fronteira.
Além das equipes no Pantanal, há apoio em Campo Grande, onde grandes incêndios foram combatidos na reserva do Parque dos Poderes e perto da MS 10. Em Porto Murtinho, na fazenda Londrina, foram realizadas atividades de prevenção e monitoramento. No Forte de Coimbra, houve orientações aos ribeirinhos.
Efetivo e frota
A operação conta com 110 bombeiros do CBMMS, 38 integrantes da Força Nacional de Segurança Pública, militares da LIGABOM, das Forças Armadas, Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, e 233 agentes do IBAMA, ICMBio e brigadistas do PrevFogo. A frota inclui 13 aeronaves, 7 caminhões de combate a incêndio, 6 embarcações, 44 caminhonetes equipadas com kits de combate a incêndio, mochilas costais, sopradores e equipamentos de proteção individual.
Previsão do tempo
Em 25 de julho, a região enfrentou condições climáticas severas, com temperaturas de até 36°C, ventos de 27 km/h e umidade relativa do ar de 20%, aumentando o risco de incêndios.
Área queimada e focos de calor
Desde o início do ano, 606,9 mil hectares foram queimados no Pantanal, um aumento de 106% em relação a 2020. Os focos de calor detectados via satélite somam 3.284 até 23 de julho, um aumento de 19,4% em relação ao mesmo período de 2020.