Mercado da suinocultura desacelera com chegada do fim do mês

Consumo reduzido e preços elevados impactam a estabilidade dos preços dos suínos

25/07/2024 às 16:29 atualizado por Roberta Martins - SBA | Siga-nos no Google News
:

Nesta quinta-feira (25), o mercado da suinocultura independente apresentou um arrefecimento em relação às semanas anteriores. Lideranças do setor atribuem essa desaceleração ao "fim de mês", período que tradicionalmente registra uma queda no consumo, além dos preços elevados que desestimulam as compras.

Em São Paulo, o preço do quilo do suíno vivo permaneceu estável em R$ 8,11, conforme dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). O presidente da APCS, Valdomiro Ferreira, comentou: "Com o fim do mês, o consumo no varejo tende a se estabilizar. Além disso, a redução no peso dos suínos resulta em uma oferta equilibrada com a demanda, justificando a manutenção dos preços."

No mercado mineiro, o preço também se manteve estável em R$ 8,00/kg vivo pela terceira semana consecutiva, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). O consultor de mercado da Asemg, Alvimar Jalles, explicou: "O mercado de carnes mostrou alguma resistência aos novos patamares de preços, mas o de cevados continua enxuto e firme, permitindo a manutenção do preço atual."

Em Santa Catarina, o valor do suíno vivo caiu ligeiramente, de R$ 7,55 para R$ 7,53/kg, segundo a Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS). O presidente da entidade, Losivanio de Lorenzi, afirmou: "O mercado aqui está um pouco mais parado. Os preços da carcaça do suíno abatido caíram esta semana, e conforme o pessoal dos frigoríficos, a mercadoria não rodou bem. Acredito que essa desaceleração seja devido ao final do mês e ao aumento dos preços. Espero que na próxima semana, com a entrada dos salários, os preços voltem a melhorar."

No Paraná, entre os dias 18 e 24 de julho de 2024, o indicador do preço do quilo do suíno vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) registrou uma alta de 0,52%, fechando a semana em R$ 7,82/kg vivo.


Últimas Notícias