DIA MUNDIAL DAS ABELHAS: 80% das plantas utilizadas na produção de alimentos dependem da polinização das abelhas

Por meio da polinização, as abelhas permitem a reprodução das espécies vegetais e aumento da disponibilidade de frutos e sementes para a manutenção dos ecossistemas

20/05/2024 às 10:16 atualizado por Luiza Vonghon - SBA | Siga-nos no Google News
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Fundamentais para a conservação da vida na terra, as abelhas surgiram há mais de 135 milhões de anos e, dada a sua vital importância, 20 de maio foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Mundial das Abelhas. 

Por meio da polinização, as abelhas permitem a reprodução das espécies vegetais e aumento da disponibilidade de frutos e sementes para a manutenção dos ecossistemas.

Existem cerca de 20 mil espécies descritas no mundo, sendo 3 mil encontradas no Brasil. A maior parte das abelhas podem ser criadas e manejadas com técnicas adequadas, em áreas rurais e urbanas. As mais procuradas, as abelhas nativas sem ferrão, contam com mais de 300 espécies brasileiras, sendo 60 no Estado de São Paulo, como jataí, mandaçaia, borá, mandaguari, manduri, guaraipo, entre outras.

A Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), órgão de extensão rural da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, atua na capacitação de produtores. “Com a conscientização ambiental e regularização da meliponicultura, criação racional de abelhas nativas sem ferrão, a atividade está em expansão e vem ganhando visibilidade. No Estado de São Paulo, já são 2 mil meliponários regularizados”, afirma Carolina Matos, Ecóloga e Especialista Ambiental do Departamento de Extensão Rural (DEXTRU/CATI).

Para a criação de abelhas nativas, além do cadastro junto à Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), também é solicitado a autorização do órgão ambiental para sua criação, por serem animais da fauna silvestre. 

A chamada Autorização de Uso e Manejo é obtida online, pelo sistema GEFAU. Ao obter essas autorizações e cadastro, o produtor fica regularizado e sua atividade passa a constar no banco de dados do Estado, importante para a criação de políticas públicas para essas atividades.

A ecóloga Carolina Matos, também reforçou a importância da participação da sociedade para a reprodução das espécies. “As pessoas podem contribuir com as abelhas, mesmo sem criá-las, como por exemplo, plantando frutos como maracujá, melão ou girassol,e plantas como a lavanda, manjericão, cosmos e ora-pro-nobis”.

Outra atividade benéfica, é a construção de hotéis para abrigar abelhas solitárias, que apesar de não produzirem mel, são as maiores responsáveis pela polinização. Elas ocupam as cavidades do hotel para botar os ovos. 

A cadeia produtiva do mel movimenta anualmente no Brasil mais de R$ 950 milhões. No ano passado, o setor bateu recorde de produção, com 61 mil toneladas, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao ano anterior, o crescimento foi de 9,5%, impulsionado pelo aumento na demanda por mel e derivados, como própolis e geleia real.

O consumo do mel também propicia a reprodução das abelhas e futuro repovoamento das áreas de mata. A CATI, por meio da campanha Mel Seguro, estimula a produção e o consumo do mel, realizando ações e eventos sobre os benefícios. 

A CATI conta com o Grupo Técnico de Apicultura e Meliponicultura, composto por extensionistas, que trabalham junto aos produtores rurais e suas entidades para o desenvolvimento de ações e fortalecimento das cadeias produtivas de todo o Estado de São Paulo.

 

Informações e imagem: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Governo do Estado de São Paulo


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