Em 2023, o PIB, Produto Interno Bruto, cresceu 2,9% frente ao ano passado. A Agropecuária foi destaque com 15,1%, seguida da Despesa de Consumo das Famílias com 3,1% e dos serviços com 2,4%.
No ano passado, o PIB totalizou R$ 10,9 trilhões. O per capita alcançou R$50.193,72 em 2023, um avanço real de 2,2% ante o ano anterior.
A taxa de investimento em 2023 foi de 16,5% do PIB, enquanto em 2022 registrou 17,8%. A taxa de poupança, por sua vez, ficou em 15,4% em 2023 (ante 15,8% de 2022).
Frente ao 3º trimestre, na série com ajuste sazonal, o PIB apresentou estabilidade (0,0%). A Indústria avançou 1,3%, os Serviços apresentaram variação positiva de 0,3%, enquanto a Agropecuária recuou 5,3%.
Em relação ao 4º trimestre de 2022, o PIB avançou 2,1% no último trimestre de 2023, 12º resultado positivo consecutivo nesta base de comparação. Agropecuária registrou estabilidade, enquanto a Indústria avançou 2,9% e Serviços cresceu 1,9%.
A alta na Agropecuária decorreu, principalmente, do crescimento da produção e ganho de produtividade da atividade Agricultura. Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), várias culturas registraram crescimento de produção no ano de 2023, tendo como destaque a soja (27,1%) e o milho (19,0%), que alcançaram produções recordes na série histórica. Por outro lado, algumas lavouras registraram queda na estimativa de produção anual, como, por exemplo, trigo (-22,8%), laranja (-7,4%) e arroz (-3,5%).
Já na Indústria, os destaques positivos foram as Indústrias Extrativas, que cresceram 8,7% devido, principalmente, à alta na extração de petróleo e gás natural e de minério de ferro, e a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (6,5%), influenciada pela melhora nas condições hídricas em relação à 2022 e o aumento das temperaturas médias do ano.
As Indústrias de Transformação (-1,3%) apresentaram desempenho negativo, causado principalmente pela queda na fabricação de: produtos químicos; máquinas e equipamentos; metalurgia; indústria automotiva. Já a Construção também registrou queda de 0,5%, sendo tal recuo corroborado pelas quedas na produção dos insumos típicos e na ocupação.
Em Serviços, todas as atividades apresentaram crescimento: Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (6,6%), Atividades imobiliárias (3,0%), Outras atividades de serviços (2,8%), Informação e comunicação (2,6%), Transporte, armazenagem e correio (2,6%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,1%) e Comércio (0,6%).
Pela ótica da despesa, houve queda de 3,0% da Formação Bruta de Capital Fixo. Dentre seus componentes, destaca-se a queda de máquinas e equipamentos (-9,4%).
A Despesa de Consumo das Famílias avançou 3,1% em relação ao ano anterior puxada pela massa salarial real, pelo arrefecimento da inflação e pelos programas governamentais de transferência de renda. A Despesa do Consumo do Governo, por sua vez, registrou crescimento de 1,7%.
No âmbito do setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 9,1%, enquanto as Importações de Bens e Serviços caíram 1,2%.
Informações: IBGE