Seca intensa no Amazonas atrapalha locomoção da população ribeirinha

Moradores enfrentam problemas para sair e voltar às comunidades

21/11/2023 às 12:00 atualizado por Nanda Martins* - SBA | Siga-nos no Google News
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A população ribeirinha enfrenta problemas de acessibilidade para sair e voltar às suas comunidades devido a situação crítica do Rio Negro, no Amazonas. O principal terminal público de Manaus para deslocamento a comunidades ribeirinhas, Marina do Davi,  tem um cenário de muita dificuldade para a população que precisa chegar a diferentes locais.

Neste local, após descer uma ladeira, os passageiros têm de caminhar quase um quilômetro atravessando lama, bancos de areia, pontes precárias de madeira, em um percurso arriscado, até chegar ao local onde aguardam os pequenos barcos que ainda conseguem fazer a travessia. 

A situação dos flutuantes, encalhados na Marina do Davi desde outubro, também é preocupante. Localizada no bairro Ponta Negra, às margens do Igarapé do Gigante, a marina também é utilizada para passeios turísticos no Rio Negro.

O estado do Amazonas enfrenta seca severa, com o Rio Negro alcançando o pior marca em 121 anos, quando começaram as medições. No dia 26 de outubro, a cota do rio chegou ao nível mais baixo registrado, ficando em 12,7 metros. 

No início de novembro começou a subir, ficando novamente acima dos 13 metros. A última medição registrada pelo Porto de Manaus, no dia 17 deste mês, mostrou recuo no volume, com a calha do Rio Negro ficando em 12,96 metros.

De acordo com o mais recente boletim divulgado pela Defesa Civil do Amazonas, todos os 62 municípios do estado permanecem em situação de emergência. São 598 mil pessoas e 150 mil famílias afetadas.

Com informações da Agência Brasil

Foto: Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil 


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