Adesão de banco ao Desenrola Brasil pode limpar o nome de 2,5 milhões de brasileiros

Programa foi criado para renegociação de dívidas e será executado em três etapas

18/07/2023 às 21:45 atualizado por Nanda Martins* - SBA | Siga-nos no Google News
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Cerca de 2,5 milhões de brasileiros com dívidas de até R$ 100 podem voltar a ter o nome limpo se o banco Nubank aderir ao Programa Desenrola Brasil. A fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aponta que a instituição financeira ainda está decidindo se vai aderir ao programa. O Ministério da Fazenda fornecerá um balanço das adesões apenas nos próximos dias. 

“Tem um banco só que está em dúvida de aderir ou não, porque ele tem pouca vantagem no crédito presumido e tem 1 milhão de pessoas negativadas: o Nubank. Estamos aguardando. Se eles aderirem, serão 2,5 milhões de CPFs com o nome limpo”, disse Haddad. 

O Programa Desenrola Brasil foi criado para renegociação de dívidas e será executado em três etapas. As duas primeiras já valem a partir de segunda-feira (17), com foco na extinção de dívidas bancárias de até R$ 100 e uma etapa de renegociação de dívidas bancárias que pode beneficiar mais de 30 milhões de brasileiros.

No caso das pessoas físicas que têm dívidas bancárias de até R$ 100, elas ficarão automaticamente com o nome limpo pelas instituições, como parte do acordo com o Governo Federal. Com isso, caem restrições e a pessoa pode, por exemplo, voltar a pegar crédito ou fazer contrato de aluguel, se não tiver outras restrições. Com essa operação, o Governo Federal considera que pode beneficiar cerca de 1,5 milhão de pessoas.

Outro grupo já beneficiado nessa fase é o de pessoas físicas com renda de até R$ 20 mil e dívidas em banco sem limite de valor. É a chamada Faixa 2. Para essa categoria, os bancos vão oferecer a possibilidade de renegociação diretamente com os clientes, por meio de seus canais.

Saiba Mais: Governo federal publica as regras do Desenrola Brasil

O número de pessoas físicas que podem limpar o nome cairia para 1,5 milhão caso o Nubank escolha não aderir ao programa, informou o assessor da SRE/MF (Secretaria de Reformas Econômicas) Alexandre Ferreira. Ele lembrou que a retirada das dívidas de até R$ 100 do cadastro negativo é condição obrigatória para as instituições financeiras que aderirem ao Desenrola.

“Essa dívida não poderá voltar a ser negativada. O efeito da negativação na vida do devedor cai naquele momento, como restrições para fazer contrato de aluguel e comprar com carnê. A dívida continua [crescendo] em termos contábeis, mas tem a negativação definitivamente suspensa naquele momento”, explicou Ferreira.

Com informações da Agência Brasil 

*Com supervisão de Thiago Gonçalves, jornalista.

Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil 


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