Coronel Zucco (à esquerda) é investigado por suposto apoio a atos antidemocráticos
A investigação aberta para apurar o suposto envolvimento do presidente da CPI do MST, deputado Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), com atos antidemocráticos, pode ser arquivada após o pedido da vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo.
No parecer enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal), Lindôra afirma que as acusações contra o parlamentar já são investigadas no caso dos bloqueios de rodovias realizados por caminhoneiros após o resultado das eleições de 2022.
"Por se tratar de fatos já examinados e relacionados ao mesmo contexto fático das investigações nela realizadas em que, inclusive, o Ministério Público Federal pede o arquivamento dos autos, a Procuradoria-Geral da República manifesta-se pelo não prosseguimento desta petição, com o arquivamento do feito", escreveu a procuradora no parecer.
O caso começou a ser investigado no Rio Grande do Sul e apura o suposto incentivo de Zucco a atos antidemocráticos para contestar o resultado das eleições de 2022. A investigação foi iniciada a partir de postagens nas redes sociais em novembro do ano passado.
Em fevereiro deste ano, após o deputado assumir a cadeira na Câmara dos Deputados, a Justiça Federal enviou o caso ao Supremo, em razão do foro privilegiado. Em maio, o ministro Alexandre de Moraes (relator das investigações) autorizou a Polícia Federal retomar a apuração contra o deputado.
Zucco declarou que não tem envolvimento com atos contrários à democracia e que a PF vai constatar que não houve crime.
Com informações da Agência Brasil
*Com supervisão de Thiago Gonçalves, jornalista.
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil