CPI do MST vota convocação do ex-ministro do GSI e chefe da Casa Civil

Relator ainda pede a convocação do presidente da Suzano Papel e Celulose, Walter Schalka

10/07/2023 às 11:48 atualizado por Thiago Gonçalves - SBA | Siga-nos no Google News
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A CPI do MST vai analisar, nesta terça-feira (10), o requerimento de autoria do relator da comissão, deputado Ricardo Salles, para convocação como testemunha do ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República), Marco Edson Gonçalves Dias, que deverá prestar esclarecimento sobre ações da ABIN no monitoramento de invasões de terra ocorridas este ano.

Em outros requerimentos, Salles e o deputado Evair de Melo, solicitam a convocação do atual ministro da Casa Civil, Rui Costa, para falar sobre as medidas de reintegração de posse de terras invadidas, inclusive na Bahia, estado em que foi governador de 2015 a 2023.

O relator ainda pede que seja convocado na qualidade de testemunha o presidente da Suzano Papel e Celulose, Walter Schalka, que vai esclarecer fatos referentes às invasões feitas pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) às propriedades da empresa.

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do MST foi instalada na Câmara dos Deputados, no dia 17 de maio, para investigar as invasões cometidas em todo o país pelo movimento.

A criação da CPI foi solicitada pelo deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), presidente dos trabalhos da comissão. No requerimento de criação, parlamentares afirmam querer investigar o “real propósito das invasões, assim como dos seus financiadores”. 

Invasões

A CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária no Brasil) divulgou dados de monitoramento das invasões a fazendas produtivas, áreas de pesquisa e prédios públicos feitas por movimentos como o MST que dão conta de que invasões saltaram para 56 entre janeiro e maio deste ano.
 
Após a instalação da CPI, houve uma queda significativa neste número de propriedades invadidas pelo MST. Apenas uma invasão ocorreu desde o início dos trabalhos da comissão, em fazenda produtiva localizada no município de Santa Cruz do Rio Pardo (SP), no dia 10 de junho.

O monitoramento da CNA revela que o terceiro mandato de Lula já tem o maior índice de invasões desde 2016 e acumulou em apenas seis meses quase o total de ocupações de terras durante o governo Jair Bolsonaro, quando 62 áreas foram invadidas.
 
Já o governo Lula afirma que a queda das invasões não tem relação com a CPI, mas sim, é um resultado de acordos tratados entre o Executivo e os líderes dos movimentos para frear as ações.
 


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