Cientistas da USP avançam em vacina contra febre maculosa

Proteína encontrada no carrapato-estrela pode ser a chave para a descoberta

15/06/2023 às 12:16 atualizado por Nanda Martins* - SBA | Siga-nos no Google News
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Estudos conduzidos por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) estão no caminho para o desenvolvimento da vacina de combate à febre maculosa, doença provocada por uma bactéria transmitida pelo carrapato-estrela e responsável pela morte de quatro pessoas em Campinas (SP).

A proposta é minimizar a transmissão da bactéria para o ser humano e desenvolver uma vacina capaz de reduzir a densidade populacional do carrapato-estrela.

O estudo identificou que a bactéria ao infectar o hospedeiro, realiza um processo que seria como a morte programada das células do carrapato. Porém, isso funcionaria como uma espécie de sobrevida, o que daria tempo de ela se espalhar e infectar mais células.

Em pesquisa recente realizada na universidade com o apoio da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa Paulista), os cientistas se concentraram em reduzir o crescimento da bactéria e tornar o carrapato-estrela mais resistente à infecção. Para isso, os pesquisadores alimentaram o aracnídeo em laboratório. 

Segundo os pesquisadores, a vacina também terá impacto econômico na pecuária por ser capaz de diminuir a densidade populacional do carrapato-estrela. O aracnídeo afeta qualquer animal que esteja à disposição, como o gado, causando anemia e marcando seu couro.

Apesar de ainda não haver estimativa de valores de prejuízos para a atividade, já há relatos de aumento da infestação pela doença.

Com informações da Fundação de Amparo à Pesquisa Paulista

*Com supervisão de Thiago Gonçalves, jornalista.

Foto: Laborátorio de Bioquímica e Imunologia de artrópodes/ USP


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