Produtores rurais da Bahia estão preocupados com a onda de invasões de terras, que avança por todas as regiões do país. Por isso, criaram um movimento que pretende afastar principalmente integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) que têm promovido invasões.
Somente neste ano foram 44 - 19 a mais do que em quatro anos do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O presidente do Movimento Invasão Zero, Luiz Uaquim, disse em reunião com o deputado federal Tenente Zucco (Republicanos/RS), que foram criados 16 núcleos regionais, que englobam 220 cidades.
“A Constituição não existe na Bahia. E também não se prende ninguém pela invasão de propriedade. Dessa forma, tivemos que reagir e nos organizar para expulsar os invasores por conta própria”, destacou Uaquim.
Cotado para assumir a presidência da CPI do MST, Zucco lamentou o fato do setor produtivo baiano não contar com o apoio das forças de segurança para a reintegração das áreas invadidas.
“A ausência do Estado na resolução dos conflitos agrários pode provocar uma tragédia se tivermos um enfrentamento mais duro entre índios, sem-terra e agricultores”, advertiu Zucco.
O parlamentar do Rio Grande do Sul ressaltou que a iniciativa dos produtores da Bahia será fortalecida com a criação da Frente Parlamentar Invasão Zero.
À espera
Já no âmbito da CPI do MST, Zucco entende ser fundamental avançar nas investigações sobre as razões que levaram a Bahia a ser um dos maiores focos de ações dos sem-terra. A CPI do MST aguarda a indicação dos partidos para a composição do colegiado. Serão 27 membros titulares e outros 27 suplentes.
O início dos trabalhos só deve acontecer após a chegada do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas), que está em viagem aos Estados Unidos.
Foto de capa: Zucco e Luiz Uaquim, em Brasília
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