Estimativa da inflação em 2023 sobe para 5,96%

Projeção para o PIB brasileiro permaneceu estável nos últimos sete dias

04/04/2023 às 11:27 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Boletim Focus desta semana, divulgado ontem (3) pelo Banco Central, indica que a projeção do mercado financeiro para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), considerada a inflação oficial do país, subiu de 5,93% para 5,96% este ano. Para o próximo ano, a estimativa ficou em 4,13% e para 2025 e 2026 as previsões são de inflação de 4% nos dois anos.

A estimativa para 2023 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central, definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) em 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 1,75% e o superior de 4,75%. Segundo a instituição financeira, a chance de a inflação oficial superar o teto da meta em 2023 é de 83%.

Da mesma forma, a projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em fevereiro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA ficou em 0,84%, puxado pelo grupo educação, com os reajustes aplicados pelos estabelecimentos de ensino na virada do ano. Com o resultado, o indicador acumulou alta de 1,37% no ano e de 5,6% nos últimos 12 meses.

Juros

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Copom (Comitê de Política Monetária). A taxa está nesse nível desde agosto do ano passado e é o maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

De acordo com o boletim, a expectativa é de que a Selic encerre o ano em 12,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é de que a taxa básica caia para 10% ao ano. Já para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 9% ao ano e 8,75% ao ano, respectivamente.

PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano se manteve em 0,9%, mesma da semana passada. Para 2024, a expectativa para o PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, é de crescimento de 1,48%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,8%, para os dois anos.

Quanto ao dólar, a expectativa para a cotação está em R$ 5,25 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,30.

Com informações da Agência Brasil


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