Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Em fevereiro, o preço das frutas nas Ceasas (Centrais de Abastecimento) de todo o país ficaram em patamar elevado. Apenas a banana deu sinais de cotações mais baixas em mercados de grande comercialização, principalmente em Goiânia (GO) e Belo Horizonte (MG), onde as quedas foram de 11,69% e 11,62%, respectivamente. Nessas regiões a fruta chegou a ser vendida por R$ 4,88/kg e R$ 3,55/Kg, na mesma ordem.
Nas centrais de Rio Branco (AC) e São José (SC), o aumento foi significativo devido à quantidade ofertada que caiu e houve movimento ligado à diminuição da produção da banana nanica, que estava com oferta elevada nos meses anteriores. Já o mercado da banana prata, em período de entressafra, permaneceu com preços elevados, porém estáveis. As exportações também caíram, principalmente por conta das menores compras da Argentina.
Foto: Wenderson Araújo/CNA-Senar
No caso da laranja, foi registrada uma diminuição moderada na oferta ocasionada pela redução na colheita no campo por conta das chuvas que causaram problemas logísticos. Além disso, a alta das cotações, influenciada pela elevação da demanda no varejo devido ao calor, também foi um fator determinante para esse cenário. No mês passado, a demanda da indústria produtora de suco continuou alta e as exportações também subiram, o que gerou expectativa positiva no setor quanto à perspectiva anual para as vendas.
O mamão seguiu com tendência de alta e permaneceu em patamares de preços elevados. A oferta do papaya continuou baixa e as exportações diminuíram justamente por conta da menor disponibilidade interna do produto. Quanto à melancia, a produção no estado gaúcho diminuiu, enquanto que no sul da Bahia aumentou, com a presença de frutas de qualidade. Nessas regiões, os empresários do ramo tiveram boa rentabilidade, no entanto as exportações diminuíram devido ao menor volume potiguar produzido e à elevação dos preços do frete marítimo.
Na contramão, a maçã registrou movimentação diferenciada com a queda dos preços e a alta na comercialização em grande parte das Ceasas devido à chegada da safra da maçã gala aos mercados, atrasada em um mês pela estiagem no Rio Grande do Sul. A colheita da safra da fuji deve ser intensificada entre o final de março e o começo de abril, e a temporada de exportações começará efetivamente a partir deste mês, com o aumento do volume colhido. Por outro lado, as importações devem diminuir com a chegada da nova safra.
Vendas externas
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De acordo com o Boletim Prohort, o volume de frutas exportado, considerando os meses de janeiro e fevereiro de 2023, foi de 158,5 mil toneladas, 9,4% a menos na comparação com o mesmo período do ano passado, com receita de mais de US$ 155,4 milhões (+5,7%).
O destaque ficou por conta das reduções consideráveis na comercialização externa de melões (-12,8%), bananas (-20,1%), mamões (-17,5%) e pêssegos (-55%), frente ao ano anterior. Já as mangas tiveram aumento de 4,8% na quantidade embarcada pelo Brasil, com volume de 16,8 mil toneladas nos dois primeiros meses deste ano.
Com informações da Conab