Justiça de SP e Faesp monitoram invasões no Pontal do Paranapanema

Federação de Agricultura e Pecuária de São Paulo acionou Secretaria de Segurança do estado sobre invasões no oeste paulista

20/02/2023 às 09:59 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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Foto: Faesp/Senar

Em razão da mobilização de movimentos sociais para realizar invasões de propriedades no região do Pontal do Paranapanema, no oeste de São Paulo, a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) comunicou nesse domingo (19) que monitora as ações o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e outras organizações na região.

Em união com os sindicatos rurais do estado, a entidade acionou a Secretaria de Segurança do governo de São Paulo a partir da divulgação das ações da organização no Pontal.

“Nosso agradecimento às lideranças sindicais da região e, principalmente, ao governador Tarcísio de Freitas, juntamente com o Secretário de Segurança Dr, Guilherme, pela rápida ação, para evitar o confronto, que poderia causar danos incalculáveis, perdas de equipamentos, maquinários, insumos e até vidas”, diz o comunicado.

“Vamos continuar atentos aos movimentos e notificar rapidamente qualquer suspeita à Polícia Militar ou mesmo ao sindicato rural e à Federação de Agricultura. Vamos juntos e com o apoio do governo de São Paulo proteger quem produz e garante a segurança alimentar”, conclui a nota.

Justiça rechaça ocupações

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) ordenou que militantes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL) saiam das terras que invadiram no oeste paulista. O grupo tem cinco dias, a partir de ontem (19), para cumprir a decisão liminar da juíza Viviane Cristina Parizotto Ferreira.

Carnaval Vermelho

A organização Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL) informa em seu portal que coordenou “dezenas de ocupações” no sábado (18), para pressionar pela distribuição e titularização de terras públicas que estariam abandonadas pelo poder público.

Com o nome de “Carnaval Vermelho”, a série de ocupações começou na madrugada de sábado, com a reinvindicação de terra, trabalho, moradia e educação, por meio de ocupação de propriedades que já tforam reconhecidas como públicas pela Justiça, porém ainda permanecem abandonadas sem cumprir seu uso social.

As ações ocorreram em municípios como Planalto do Sul, Sorocaba, Mirante do Paranapanema e Presidente Epitácio, em acampamentos que teriam reunido cerca de 600 famílias sem terra e sem teto.

Aprosoja repudia militantes

A Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de São Paulo (Aprosoja/SP) manifestou repúdio às invasões de terras no oeste paulista. A entidade informou que condena “a violência, a relativização do direito de propriedade, a destruição de patrimônio e a barbárie de práticas criminosas que deveriam há muito ter ficado no passado”.

Além disso, a Aprosoja solicita que as autoridades paulistas “atuem de maneira firme e contundente, no sentido de desmobilizar as invasões e criminalizar os líderes e demais envolvidos nestes atos que atentam contra o Estado Democrático de Direito”. Por fim, a associação considera que “o crime , a desordem e a agitação” podem levar o país ao caos.

Com informações da Faesp/Senar
Foto de capa: Faesp/Senar


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