Estimativa da inflação sobe para 5,48% em 2023

Previsão para o PIB também foi elevada para 0,79%

23/01/2023 às 15:01 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (23), indica que a previsão do mercado financeiro para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 2023, tido como a inflação oficial do país, subiu de 5,39% para 5,48%. A pesquisa semanal com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos projeta para 2024, 2025 e 2026 o índice atinja 3,84%, 3,5% e 3,47%, respectivamente.

A previsão para 2023 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central, definida pelo Conselho Monetário Nacional em 3,25% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 1,75% e o superior de 4,75%. Da mesma forma, a projeção para o índice de 2024 também está acima do centro da meta prevista, que é de 3%, também com os intervalos de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Em 2022, o IPCA, que mede a inflação oficial, fechou com uma taxa de 5,79% acumulada no ano. A meta estava em 3,5%, com a mesma margem de tolerância, e podia variar entre 2% e 5%. Em carta ao Ministério da Fazenda, o Banco Central explicou que a inflação só ficará dentro da meta a partir de 2024, quando deverá se situar em 3%, e em 2025, em 2,8%. Para esses dois anos, o Conselho estabelece uma meta de 3% para o IPCA.

Em janeiro, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15), que é a prévia da inflação, teve aumento de 0,58%.

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros (Selic), definida em 13,75% ao ano pelo Copom (Comitê de Política Monetária). A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar. Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre o ano em 12,5%. Para o fim de 2024, 2025 e 2026, a expectativa é de que a taxa básica caia para 9,5%, 8,5% e 8,25% ao ano, respectivamente.

PIB e câmbio

Segundo o Boletim Focus, o crescimento da economia brasileira neste ano também variou, de 0,77% para 0,79%. Para 2024, a expectativa para o PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, é de crescimento de 1,5%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente.

Com relação ao dólar, a expectativa para a cotação para o final deste ano está em R$ 5,28. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,30.

Com informações da Agência Brasil


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