Foto: Arquivo/Canal do Boi
O mercado financeiro aumentou, nesta semana, a previsão de inflação para 2023. Segundo o boletim Focus, divulgado na segunda-feira (16) pelo Banco Central, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deve fechar o ano em 5,39%. Há uma semana, a estimativa estava em 5,36%%, enquanto que há quatro semanas a previsão era de 5,17%.
O percentual está acima da meta de inflação para 2023, definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) em 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Assim, a meta será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.
Para alcançar a meta inflacionária, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Copom (Comitê de Política Monetária). A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse mesmo nível. A próxima reunião do comitê está marcada para 31 de janeiro e 1º de fevereiro, e a expectativa é que a Selic permaneça nos mesmos 13,75% ao ano.
PIB
Ainda conforme o boletim Focus, o mercado financeiro reduziu a expectativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do país este ano, que ficou em 0,77% ante 0,78% da semana passada. A projeção para 2024 e 2025 é que o PIB fique em 1,50% e 1,90%, respectivamente.
Juros e câmbio
O mercado também projetou alta para a taxa básica de juros, a Selic, para 2023. Na projeção divulgada nesta semana, a Selic deve ficar em 12,50% ante os 12,25% da semana passada. Para o fim de 2024, a estimativa do mercado se manteve estável, ficando em 9,25%. Para 2025, a previsão é que a taxa fique em 8,25%.
Quanto ao câmbio, a expectativa do mercado para a cotação do dólar em 2023 ficou em R$ 5,28, a mesma da semana passada. Para os próximos dois anos, a previsão do mercado é de que a moeda norte-americana fique em R$ 5,30, o mesmo valor da semana anterior.
Com informações da Agência Brasil