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O VBP (Valor Bruto da Produção Agropecuária) encerrou 2022 com faturamento de R$ 1,189 trilhão, sendo o segundo maior indicador da série histórica em 34 anos. De acordo com a nota divulgada pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), o lucro das lavouras alcançou o montante de R$ 814,77 bilhões e o da pecuária em R$ 374,27 bilhões.
Os resultados positivos foram alcançados devido ao crescimento das exportações do agronegócio e dos preços de produtos agrícolas. O destaque fica por conta do algodão, café, milho, trigo e leite que, juntos, alcançaram o maior valor do VBP em todo o período histórico. Os preços e as quantidades produzidas foram os principais fatores que promoveram esses produtos em 2022.
Ainda segundo o ministério, o fator que mais prejudicou o desempenho do VBP no ano passado foi a seca, que atingiu grande parte das regiões Sul e algumas áreas do Centro-Oeste, causando prejuízos aos agricultores, como perdas de produção, principalmente de soja, milho e feijão. A pecuária também foi afetada com perdas de suprimento.
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Projeções
Para 2023, a estimativa é que o VBP aumente 6,3% em relação à 2022, podendo atingir a marca de R$ 1.263 trilhão. As lavouras devem ter um crescimento real de 8,3% e a pecuária 1,9%. Os cinco produtos que devem puxar o índice em 2023 são soja, milho, cana, café e algodão, o que pode representar 83,7% do VBP das lavouras. Contudo, espera-se um desempenho menor para o café, algodão e trigo, pois estes produtos tiveram uma produção menor do que no ano passado.
Até o momento, os pontos mais relevantes deste ano é a recuperação do VBP da soja, que pode atingir R$ 406,4 bilhões, seguido da melhora no desempenho da pecuária, uma vez que os preços já estão em um nível melhor do que em 2022. Além da expectativa da contribuição da pecuária, a projeção é que outros produtos, como amendoim, arroz, banana, batata inglesa, cana de açúcar, cacau, feijão, laranja, milho, soja, tomate e uva também incrementem o VBP.
Apesar das expectativas serem boas, segundo as projeções do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), há riscos climáticos que podem afetar a região Sul do país, especialmente o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, devido às secas em dezembro que assolaram as plantações de soja e milho em algumas regiões.
Com informações do Mapa
*Com supervisão de Daniel Catuver, jornalista