Gripe aviária pode impulsionar exportações brasileiras

Previsão para o primeiro trimestre é crescimento de até 5%

06/01/2023 às 08:11 atualizado por Elaine Silva - SBA | Siga-nos no Google News
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A evolução dos casos de gripe aviária mundo afora será fator-chave para as exportações brasileiras de carne de frango, neste ano, conforme levantamento da Rabobank. Uma desaceleração econômica deve impactar o setor, e a inflação ainda em cena exerce pressão negativa no poder de compra do consumidor, que passa a ser mais condicionado a escolher no momento da compra o que é mais barato e em estabelecimentos que vendem a preços menores.

No caso do mercado do frango brasileiro, mesmo com um recuo de 18% nos embarques para a China, o balanço do ano de 2022 ainda deve ser de exportações recorde, com crescimento nas vendas para outros países, principalmente da Ásia e Oriente Médio. 

Apesar disso, fica como ponto de atenção os casos de influenza aviária altamente patogênica detectados na América do Sul, em países como Chile, Colômbia, Equador, México, Peru, Venezuela e, mais recentemente, Panamá. Medidas de contenção contra a chegada do vírus no Brasil já estão sendo reforçadas pelas autoridades na área de Defesa Animal. 

Por outro lado, justamente os surtos de gripe aviária, também na Europa e na Ásia, podem dar mais oportunidades ao Brasil para ampliar as exportações de carne de frango.

Ainda que na perspectiva do Rabobank os preços do milho e da soja, ingredientes essenciais na formulação da ração das aves, cedam, os valores devem permanecer em patamares elevados. Para além disso, devido a estoques relativamente menores, demanda incerta de mercado, mudanças geopolíticas e potenciais disrupções na cadeia fornecedora, os preços das rações devem enfrentar um cenário de volatilidade.

A previsão para o primeiro trimestre é crescimento de 4% a 5% nas exportações brasileiras  com queda no consumo interno.

Com informações da Rabobank
Foto capa: Arquivo/Canal do Boi
 


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