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Dados divulgados nesta quarta-feira (28) pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) mostram que o volume acumulado das exportações de milho entre janeiro e novembro de 2022 cresceram 118,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, saltando de 17 milhões de toneladas em 2021 para 37,2 milhões de toneladas este ano.
Segundo a estatal, o forte ritmo das vendas externas tem sido impulsionado pelos excelentes preços internacionais ao longo da temporada, apesar das expectativas recentes apontarem para uma maior folga no quadro de oferta e demanda mundial.
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Até o início deste ano, a China importava milho principalmente dos Estados Unidos e da Ucrânia. A guerra no leste europeu associado ao desentendimento com o governo chinês devido à questão taiwanesa, levaram o gigante asiático a adquirir mais produtos alternativos, como sorgo e cevada, além de buscar novos fornecedores do cereal. Esse cenário beneficiou as negociações com o Brasil e as exportações do milho nacional para a China já aumentam a partir desta safra comercial.
A soja, por outro lado, apresentou queda de 7,67% no volume embarcado para fora do país, totalizando 77 milhões de toneladas entre janeiro e novembro de 2022 contra 83,4 milhões em igual período de 2021. No comparativo com as exportações brasileiras de outubro deste ano, a oleaginosa apresentou uma redução de 31,7% no mês passado.
As últimas semanas foram marcadas por oscilações na Bolsa de Chicago, particularmente devido ao retorno do “dólar soja” na Argentina, que voltou a vigorar a partir de 28 de novembro. Essa modalidade estabelece uma taxa de câmbio específica para o complexo soja, impulsionando fortemente as vendas do país ao ponto de o grão argentino ter retirado compradores dos Estados Unidos e impactado Chicago negativamente
Além disso, a desvalorização do dólar no Brasil enfraquece o potencial de vendas externas. No comparativo com os envios em outubro de 2022, a oleaginosa apresentou uma redução de 31,7% em novembro.
Com informações da Conab