Foto: Pixabay
As frutas tipicamente consumidas nas festas de fim de ano, como pêssego, ameixa, romã, cereja, damasco e uva, tiveram queda de comercialização pelo segundo ano consecutivo. Segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), os fatores que contribuíram para a quebra da tradição foram o aumento do custo do frete e a inflação mundial que impactou os preços das frutas importadas.
Outros pontos de destaque neste cenário são a contenção de gastos dos brasileiros, a desvalorização do câmbio, a queda da produção e o aumento de custo fizeram com que a procura pela ameixa nas Ceasas (Centrais de Abastecimento), por exemplo, caísse 9%. O volume importado foi um pouco maior em relação a 2021, mas foi menor na comparação com 2020. O pêssego, outra fruta típica nas ceias de Natal, enfrenta as mesmas dificuldades, com queda de 16% na comercialização.
No caso do damasco, que já possui valor de comercialização alto, as vendas diminuiram 31% até novembro de 2022 na comparação com mesmo período do ano passado, e as importações reduziram 3,85%.
Já a cereja, fruta muito consumida nesta época do ano e que é importada pelo Brasil principalmente da Argentina e do Chile, chegou com preços muito elevados no atacado devido à desvalorização do real e consequente absorção da inflação internacional.
A romã, fruta cultivada em São Paulo, Bahia e Pernambuco, teve queda próxima de 90% nas importações em relação a 2020, o que demonstra a redução da comercialização no país na contenção de despesas da população.
Na contramão das demais frutas, a uva deve chegar nos mercados com preços acessíveis, apesar da queda de 7% na comercialização das Ceasas analisadas.
Com informações da Conab
*Com supervisão de Daniel Catuver, jornalista