Preço de frete segue tendência de queda na maioria dos estados

Entre os fatores estão o fim da colheita e a redução nos valores dos combustíveis

27/09/2022 às 08:09 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou, na semana passada, a edição de setembro do Boletim Logístico, que destaca a queda nos preços de frete para a maioria dos estados, conforme pesquisa realizada para as principais rotas de escoamento de grãos no país. Segundo o levantamento, Mato Grosso apresentou uma queda considerável nas demandas após o encerramento do período de colheita em agosto. Já em Mato Grosso do Sul, o mercado de fretes registrou estabilidade, sustentado pela movimentação do milho segunda safra.

Para Goiás, em agosto, o escoamento de grãos por via rodoviária ficou abaixo do esperado por parte das transportadoras devido à redução estadual nos volumes embarcados para exportação. No Distrito Federal, os fretes rodoviários também apresentaram recuo na maioria das rotas pesquisadas. A queda nos preços dos combustíveis e a finalização da colheita do milho segunda safra resultaram na redução dos preços praticados.

No Paraná, a comercialização de milho para exportação segue paralisada por conta do direcionamento dos grãos para o uso regional. Na Bahia, os fretes apresentaram tendência de queda ou estabilidade no oitavo mês do ano, sinalizando o efeito da redução do valor do combustível e redução da demanda por transporte dos produtos agrícolas. Em relação aos fretes no Piauí, as variações observadas ocorreram por causa das condições das estradas, especialmente nos períodos de chuva, e, também, das reduções nos preços dos combustíveis.

Exportações de milho

O Boletim Logístico de setembro da Conab também destaca a comercialização de milho para o exterior. O produto atingiu um recorde para o período entre janeiro e agosto, chegando a 17,9 milhões de toneladas exportadas, valor 79,3% maior do que o mesmo período no ano passado, que gerou 9,98 milhões de toneladas exportadas.

O ritmo intenso das exportações foi impulsionado pela alta dos preços internacionais e também pelas expectativas, que apontam para a queda na produção mundial do cereal. No entanto, esse movimento de alta foi limitado pela resistência de compradores, que priorizaram a utilização dos seus estoques, apostando na queda das cotações, com a expectativa de uma boa evolução no andamento da colheita nos Estados Unidos e na consequente possibilidade de redução dos embarques brasileiros.

Ainda segundo o informativo, no caso da soja, as exportações atingiram 66,62 milhões de toneladas, contra 72,69 milhões de toneladas em igual período de 2021, representando queda de 8,3%, um reflexo da menor produção interna e da conjuntura internacional.

Com informações da Conab

Foto de capa: Marcelo Camargo/Agência Brasil


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