Em agosto de 2022, a comercialização da soja para a safra 2021/22 em Mato Grosso cresceu 1,70% em comparação à julho, com alcance de 87,56% da produção. Segundo o Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária), o ritmo lento está atrelado à pressão nas cotações da soja em Chicago, que refletiu no preço médio estadual uma queda de 0,84% no comparativo mensal. Com isso, o preço médio de venda fechou o oitavo mês do ano em R$ 161,56/sc. Além disso, o alto índice de grãos danificados nos lotes disponíveis dificultou as negociações, principalmente aquelas com destino às exportações.
Para a safra 2022/23, as vendas alcançaram 26,67% da produção em agosto, avanço de 1,15% ante o mês de julho. Com o produtor focado no início dos trabalhos da semeadura da soja no estado e as incertezas quanto ao tamanho da produção para a próxima safra, somados ao recuo nas cotações da soja na CME-Group, as negociações estiveram limitadas no último mês. Diante desse cenário, o preço médio da oleaginosa fechou em R$ 146,67/sc, queda de 3,52% em relação a julho.
Exportações
Em relação ao acumulado de janeiro a agosto deste ano, os embarques do grão alcançaram 22,67 milhões de toneladas em Mato Grosso. O principal comprador do estado foi a China, que adquiriu 12,93 milhões de toneladas neste ano, aumento de 12,88% ante o mesmo período do ano passado.
Já para o farelo de soja, as exportações totalizaram 4,78 milhões de toneladas nos oito primeiros meses de 2022, aumento de 18,12% em relação ao mesmo período da safra passada. Este aumento foi reflexo da menor oferta do subproduto no mercado mundial.
Quanto ao óleo de soja, foram escoadas 407,07 mil toneladas de janeiro a agosto, um volume 35,57% maior que o total enviado durante todo o ano de 2021. Esse aumento ocorreu em função da maior demanda indiana, que comprou 216,06 mil toneladas, alta de 309,66% no comparativo anual. Isso se deu, em decorrência da menor oferta do óleo de girassol no mercado, o que fez com que o país reduzisse os impostos sobre o derivado para suprir a demanda. Por fim, o óleo vegetal segue com alta oferta, visto a grande produção da Indonésia.
Com informações do Cepea
Foto de capa: Wenderson Araújo/CNA-Senar